Antes de votar na região da Pampulha, em Belo Horizonte, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que concorre ao Senado em Minas, afirmou que uma eventual vitória de Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência não definirá o país. “Eu não acho que a vitória de quem quer que seja defina o que é o Brasil”, disse ao ser questionada pela imprensa sobre como seria ser senadora tendo o capitão reformado como presidente.
“Qualquer candidatura de quem quer que seja que comprometa a democracia do Brasil é uma candidatura perigosíssima porque hoje está na pauta se nós trilharemos o caminho democrático ou o caminho do autoritarismo e do fascismo”, completou.
Segundo Dilma, o candidato que defende “ódio e violência” compromete a democracia, que está sendo reafirmada após ser golpeada no processo de impeachment. “Acredito que 2018 é a eleição da democracia e por isso talvez seja a eleição mais importante dos últimos anos”, disse.
Dilma defendeu o voto em candidatos “com compromissos democráticos e não autoritários”, mencionando o governador Fernando Pimentel (PT), que concorre à reeleição em Minas, e pedindo votos para o PT. A ex-presidente afirmou ainda que o Brasil tem um compromisso democrático e define geopoliticamente toda a América Latina. “Por isso que você vê preocupações enormes com a eleição do Bolsonaro de toda a imprensa internacional.”
Dilma disse que a imprensa americana e europeia não acredita que fascismo e nazismo sejam de esquerda, mas sim de direita. “E eles sabem perfeitamente quais são as consequências. A história demonstrou isso”, emendou. Embora lidere as pesquisas de intenção de voto desde o início da campanha, Dilma evitou tomar por garantida sua eleição. “Eu respeito o voto popular, não acho correto considerar a minha eleição antes de ser eleita”, disse.
Com informações Folha de São Paulo