As ações do grupo JBS, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, derretem na Bolsa nesta segunda-feira, 22, registrando um tombo de 29,39% por volta das 16h30. Os papéis chegaram a entrar em leilão em diversos momento durante o pregão – quando a Bolsa continua recebendo ofertas, mas não fecha negócio por conta do descasamento entre os preços de compra e venda. Também no exterior, os papéis da companhia negociados em Nova York caíam 24,81%.
“Todas as notícias desfavoráveis devem continuar pressionando o papel”, diz. Passos considera, porém, que as perspectivas para o segmento de carnes são boas, o que pode fazer com que o mercado olhe para outras empresas. “As ações da BRF podem se beneficiar”, dá o exemplo. Na mesma faixa horária, as ações da rival BRF subiam 6,82%.
O grupo fez voluntariamente um acordo de colaboração premiada com o Ministério Público, revelado na semana passada, que envolveu nomes de mais de 1,8 mil políticos, sendo um em cada três parlamentares em atividade no Congresso. Joesley chegou a gravar conversa com o presidente Michel Temer. Nela, o executivo afirma ter comprado o silêncio do deputado afastado Eduardo Cunha e manter boa relação com o parlamentar, preso também pela Lava Jato. O presidente concorda: “Tem que manter isso”.
Na noite de sexta-feira, 26, expira o prazo dado pelo Ministério Público Federal para a holding controladora da empresa, o grupo J&F, aceitar pagamento de multa de R$ 11,2 bilhões para firmar um acordo de leniência com a companhia. O grupo, no entanto, contesta o valor e propôs fechar o acordo por apenas R$ 1 bilhão.
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu na sexta-feira cinco processos administrativos para apurar denúncias de irregularidades em negócios nos mercados de capitais realizados pelas empresas, incluindo a JBS.
Com informações O Estado de São Paulo