A reutilização de agulhas e seringas para a insulina coloca em risco a saúde do paciente e não é uma prática recomendada. A conclusão foi feita pela Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) em posicionamento oficial inédito, divulgado com o objetivo de orientar sobre o tratamento injetável do diabetes aos profissionais de saúde.

Embora a recomendação da Anvisa e dos fabricantes seja o uso único, o mesmo insumo chega a ser usado pelos pacientes em três a cinco aplicações. Os motivos da reutilização são conveniência, economia, falta de outra seringa ou agulha e falta de orientação apropriada por parte dos profissionais de saúde.

A reutilização de agulhas pode estar associada ao desenvolvimento de lipo-hipertrofia, infecções do tecido subcutâneo, casos inexplicados de hipoglicemia, variabilidade glicêmica, leve aumento da HbA1C, dor e desconforto nas aplicações. O reuso de agulhas e seringas de insulina não é uma prática adequada e, portanto, os pacientes deverão ser desencorajados em relação a essa postura. A SBD alerta, ainda, que as agulhas, assim como seringas, não são mais estéreis após o primeiro uso e trazem risco de contaminação.