O pré-candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, vai formalizar seu desejo de concorrer ao Palácio do Planalto nas eleições deste ano, oficialmente, no próximo domingo. O capitão da reserva, porém, não deve formalizar seu vice.

Bolsonaro mantém conversas com o PR, porém praticamente descartou a possibilidade do senador Magno Malta (PR-ES) se tornar seu companheiro de chapa. Se a aliança com o partido não se confirmar, o parlamentar acredita que o general da reserva Augusto Heleno Pereira (PRP) ocupará o posto. Bolsonaro considera que Malta seria o vice ideal, mas ele prefere disputar a reeleição ao Senado pelo Espírito Santo e, com isso, as chances de uma aliança com o PR diminuíram. Apesar disso, o pré-candidato do PSL se reuniu na semana passada com o mandachuva do PR, o ex-deputado Valdemar Costa Neto.

“Vamos consolidar meu nome na convenção e deixar a vaga do meu vice em aberto. Conversei com o Valdemar na semana passada, mas foi coisa rápida. Foi um encontro fortuito. Hoje, há 90% de chance do Magno não ser meu vice. Mas vou deixar a vaga de vice em aberto, porque temos mais tempo para definir. Vai que o Magno tem uma recaída. O Valdemar sabe que se fecharmos com a aliança para a vice, não vou fechar alianças nos estados. Ele sabe que é só um acordo para a vice”, disse o parlamentar ao Jornal O Globo, sem descartar que outro nome da legenda poderia assumir como companheiro de chapa.

Bolsonaro lidera as pesquisas nos cenários em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não é citado. O petista está impedido pela Lei da Ficha Limpa de concorrer porque foi condenado em segunda instância a 12 anos e um mês de prisão. Pena que ele cumpre há mais de 100 dias em Curitiba. Caso a aliança com o PR não avance, Bolsonaro diz que seu vice deverá ser o general da reserva Augusto Heleno.

“Se a decisão tivesse que ser tomada hoje, seria o general Heleno. Ele está no banco, sem agasalho e já passou gelol nas canelas”, afirmou o capitão da reserva. Questionado sobre uma eventual aliança com o pré-candidato do PRP ao governo do Rio, o ex-governador Anthony Garotinho, Bolsonaro foi enfático: “a aliança é só nacional, não envolve acordo no estado”.

Outra possibilidade aventada por ele para ocupar a vaga de vice é a advogada Janaína Paschoal, uma das autoras do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e filiada ao PSL. Bolsonaro disse que ela está entre as possibilidades, apesar de nunca ter falado diretamente com ela sobre o assunto.

Com informações do Jornal O Globo