Os consumidores devem se preparar para aumento de tarifas públicas, planos de saúde e aluguéis com um percentual um pouco maior do que o projetado. O índice de inflação de 2022, que definirá o reajuste de serviços e produtos, ficou em ficou em 5,79%.
O percentual está acima da meta definida pelo Banco Central pelo segundo ano consecutivo. Os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foram divulgados, nesta terça-feira, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A meta do BC era de 3,5% ao ano, com teto de 5%.
As expectativas são voltadas para as explicações a serem apresentadas pelo Banco Central como justificativa para o estouro da meta da inflação. O BC tem de explicar as razões para as falhas na sua missão principal: a estabilidade dos preços. O histórico mostra que, desde a criação do sistema de metas, em 1999, o Banco Central descumpriu a meta seis vezes.
De acordo com as informações do IBGE, o índice de inflação de 2022 foi influenciado principalmente pelo grupo Alimentação e bebidas (11,64%), que teve o maior impacto – de 2,41 pontos percentuais (p.p.) no acumulado do ano.
