Quase cinco meses após ser oficialmente criado, o União Brasil, que é originário da fusão entre DEM e PSL, finalmente terá, na janela partidária – entre 3 de março e 1º de abril, o futuro definido no Ceará. O DEM e o PSL realizaram convenções no dia 6 de outubro de 2021 para oficializar a criação do novo partido que, no dia 8 de fevereiro, teve o pedido de registro deferido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Lideranças dos extintos DEM e PSL mergulharam, a partir do mês de outubro do ano passado, em articulações na disputa pelo comando do União Brasil nos Estados. O Ceará se transformou, naquele momento, em exemplo de impasse com a disputa entre o deputado federal Capitão Wagner (PROS) e o suplente de senador Chiquinho Feitosa, que era presidente regional do DEM e, automaticamente, migrou para o União Brasil.
Chiquinho e Wagner travaram uma acirrada disputa nos bastidores e buscaram apoio regional e nacional para herdar o comando do União Brasil no Ceará. Wagner, que é pré-candidato ao Palácio da Abolição, conquistou o apoio do então presidente do PSL, hoje, chefe maior do União Brasil, o deputado Luciano Bivar e ampliou aliança com o prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa (PSDB), para mobilizar um grupo de candidatos que pode garantir ao novo partido, pelo menos, cinco das 22 vagas do Ceará na Câmara Federal.
A lista de pré-candidatos à Câmara, na articulação de Wagner e Roberto Pessoa, é puxada por Dayany Bittencourt, esposa de Wagner, tem Fernanda Pessoa, filha de Roberto, além dos deputados federais Danilo Forte (PSDB), Vaidon Oliveira (PROS) e, provavelmente, Moses Rodrigues (MDB).
Os aliados já dão como certa a decisão da cúpula nacional de entregar o União Brasil ao Capitão. O suplente de senador Chiquinho Feitosa espera, porém, a publicação oficial da nomeação do Capitão Wagner como presidente regional da sigla para definir o seu novo rumo partidário. Chiquinho tem como uma das opções o PSDB, agremiação pela qual poderá concorrer, em 2022, à Câmara Federal.