Após a decretação da prisão pelo ministro Edson Fachin, o dono da JBS, o empresário Joesley Batista, e o executivo da empresa Ricardo Saud se apresentaram na tarde deste domingo (10) na sede da Polícia Federal, na Lapa, Zona Oeste de São Paulo.

Com o pedido de prisão, o acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República fica anulado. O termo de delação prevê que isso pode ocorrer caso o beneficiado
minta, omita, sonegue ou destrua provas. As provas apresentadas, no entanto, continuarão valendo.

O inferno austral de Joesley e Saud teve inicio na última segunda-feira, quando a Procuradoria trouxe a público que os novos áudios entregues pelos delatores da JBS indicavam que o ex-procurador da República Marcello Miller atuou na “confecção de propostas de colaboração” do acordo que viria a ser fechado entre os colaboradores e o Ministério Público Federal (MPF). A PGR suspeitou que essa informação foi deliberadamente omitida pelos delatores. na nova delação Joesley admitiu a intenção de utilizar Miller para se aproximar de Janot.

Em novo depoimento, Joesley teve que explicar cada trecho da gravação da conversa entre ele e Ricardo Saud e afirmou que era uma “conversa de bêbados”, mas não convenceu o procurador-geral que pediu a prisão dos três envolvidos – Joesley, Saud e Miller. O prucurador livrou Miller e pediu a prisão da dupla.