Lixo se acumula em praça no Largo da Glória durante o quarto dia de greve dos garis da Companhia Municipal de Limpeza Urbana do município do Rio (Comlurb) (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Balanço realizado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) e pela Associação Internacional de Resíduos Sólidos no Brasil (ISWA) mostrou que a geração de resíduos domiciliares no país caiu 7,25%, em abril, na comparação com o mesmo período do ano passado. A pesquisa foi feita junto a empresas que representam 60% do mercado privado de limpeza urbana e que atuam em todas as regiões do Brasil.

O estudo indicou que a coleta de materiais recicláveis aumentou entre 25% e 30% no período, o que não indica aumento da reciclagem na mesma proporção. Segundo os dados, boa parte do volume coletado tem sido encaminhado para os aterros sanitários devido o fechamento ou diminuição da atuação nas unidades de triagem em diversas cidades.

Com relação aos resíduos de serviços de saúde, os dados mostram redução de 15,6% no país. Segundo o diretor presidente da Abrelpe, Carlos Silva Filho, isso indica que o Brasil caminha na direção oposta à tendência mundial, que tem sido de crescimento. Uma das possibilidades para a variação negativa é que haja deficiência na segregação de materiais infectantes e na destinação inadequada, o que traz diversos riscos para a população em geral, para os trabalhadores do setor e para o meio ambiente.

*Com informações da Agência