O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) pretende reduzir de 29 para 15 o número de ministérios em seu governo, que começa a partir de 1º de janeiro de 2019. Até o momento, quatro ministros já foram definidos: o da Casa Civil, o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), o da Fazenda, o economista Paulo Guedes, o da Defesa, o general Augusto Heleno, e o da Ciência e Tecnologia, o astronauta Marcos Pontes.
O nome do juiz federal Sergio Moro para ocupar o cargo de ministro da Defesa também agrada ao presidente eleito, que deve se encontrar com o responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância, nesta quinta-feira para oficializar a proposta. O assunto foi destaque no Bate Papo Político da edição desta quinta-feira, 1º, do Jornal Alerta Geral (Rádio FM 104.3 – Expresso Grande Fortaleza + 26 emissoras no Interior).
De acordo com a equipe de Bolsonaro, a composição do novo ministério ficará assim: Casa Civil (assume funções da Secretaria de Governo); Economia (reúne Fazenda, Planejamento e Indústria, Comércio Exterior); Defesa; Saúde; Ciência e Tecnologia (que passa a gerir Ensino Superior); Educação, Esportes e Cultura (fundidos em um só ministério); Trabalho; Minas e Energia; Justiça e Segurança; Integração Nacional (integrado com Cidades e Turismo); Infraestrutura (inclui Transportes); Gabinete de Segurança Institucional; Desenvolvimento Social (que vai incorporar a Pasta dos Direitos Humanos); Relações Exteriores e, por fim, o ministério da Agricultura e Meio Ambiente.
Os jornalistas Luzenor de Oliveira e Beto Almeida comentaram o assunto. Para Beto, a redução no número de ministérios é a maior desde a proposta pelo ex-presidente Fernando Collor de Melo, no início dos anos 90. O jornalista destacou que a expectativa é boa para o próximo governo e elogiou que o desenrolar dos acontecimentos sobre os nomes dos ministros está correndo até rápido demais. Para ele, é visível a necessidade de enxugar a máquina pública.
O jornalista Luzenor de Oliveira concordou com Beto e destacou que a máquina administrativa federal está inchada, o que gera despesas desnecessárias que poderiam ser convertidas em benefícios para a população do Brasil e do Ceará.
Convite a Sergio Moro
Os jornalistas Luzenor de Oliveira e Beto Almeida também comentaram sobre a possibilidade do juiz Sergio Moro assumir o Ministério da Justiça. Para o jornalista Beto Almeida, Moro deve acabar aceitando o convite para assumir a Pasta, já pensando em ocupar um posto no Supremo Tribunal Federal (STF) em 2020, quando o ministro decano da Casa, Celso de Mello, se aposenta.
O jornalista lembrou, no entanto, o principal questionamento daqueles que são contrários a presença de Moro no corpo ministerial do próximo governo, que afirmam que não é interessante que um magistrado saia diretamente da primeira instância da Justiça para ocupar um cargo de chefia tão importante como este.
Querendo os opositores ou não, o jornalista Luzenor de Oliveira reforçou que Bolsonaro é livre para escolher seu corpo de ministros. Luzenor afirmou, inclusive, que o presidente eleito nas eleições deste ano talvez tenha sido o único chefe do Executivo brasileiro a se eleger sem ter nenhuma influência partidárias para definir nomes para os ministérios de seu governo.
Beto concorda com Luzenor e diz mais: se Bolsonaro indicar alguém por esse tipo de influência, ele estaria morto politicamente, visto que o eleitor votou no ex-capitão do Exército acreditando, justamente, que isso não ocorreria mais.
Confira no player abaixo o Bate Papo Político na íntegra! Os jornalistas Luzenor de Oliveira e Beto Almeida ainda comentaram sobre a expectativa para o feriado de Finados, que terá operações especiais das Polícias Rodoviárias Federal e Estadual. Além disso, os dois ainda conversaram sobre as articulações da oposição ao Governo Bolsonaro em Brasília. Tem cearenses envolvidos na linha de frente!