Prazo final! Os partidos tem até a meia noite desta quarta-feira (16) para realizarem suas convenções e oficializarem a escolha de seus candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereadores. Após a homologação e o registro na Justiça Eleitoral, os candidatos estarão aptos para ir a campo e trabalhar na disputa pelo pleito municipal de 2020. O assunto foi o principal destaque no Bate-papo político entre os jornalistas Luzenor de Oliveira e Beto Almeida.

Para as eleições deste ano, 6,5 milhões de cearenses estão prontos para ir às urnas e escolher novos nomes para os cargos municipais nos 184 municípios do Ceará. Em Fortaleza, município com maior número de eleitores, 1.821.382, o cenário de disputa pela prefeitura da capital está praticamente definido. Nesta quarta, são aguardadas as convenções do PCdoB, PV e PT, para homologar as candidaturas de Anízio Melo, Célio Studart e Luizianne Lins, respectivamente.

“Essa etapa exige que os partidos cumpram uma das principais exigências para entrar na disputa eleitoral, que é indicar os candidatos aos mandatos de prefeito, vice-prefeito e também às câmara municipais…em todo o Brasil serão pelo menos 700 mil candidatos. Hoje fica encerrado o lançamento de candidatos ao executivo e legislativo nos municípios”, afirma Luzenor de Oliveira.

O jornalista Beto Almeida comenta sobre a convenção do PT, que oficializará a candidatura da ex-prefeita e atual deputada federal Luizianne Lins para disputa na capital. Luizianne que chega no último dia para realização das convenções sem conseguir nenhum apoio para compor sua chapa na briga pelo executivo municipal:

“A deputada federal Luizianne Lins chega exatamente nessa situação que você colocou, não tem a perspectiva de fechar um nome de um partido para dar mais peso a aliança dela. Logicamente que ela já fez o convite, inclusive, para o Anízio Melo do PCdoB, que faz hoje sua convenção, e também não topou ser vice”, afirma Beto.

Beto ainda destaca que o PT deve lançar alguém do próprio partido como vice de Luizianne já que não foi possível construir nenhuma aliança. A pré-candidata chegou a procurar vários partidos com a finalidade construir uma ampla coalizão de esquerda para combater os candidatos de direita na capital, que se resumem basicamente ao deputado Capitão Wagner, pré-candidato pelo PROS.

“O PT também, diga-se a verdade, procurou muito tardiamente ou dificultou esse acesso, pelo menos parte da militância […] mas sozinha, isolada, em uma chapa pura, é difícil você imaginar que ela (Luizianne) que ela possa ter substância, que ela possa ter tutano, como se diz, para entrar em uma corrida tão disputada como essa na capital com força de chegar ao segundo turno”, diz Beto.

O cenário da disputa pela prefeitura de Fortaleza tem, até o momento, dez nomes. São eles: Samuel Braga (Patriota), Renato Roseno (PSOL), Paula Colares (Unidade Popular), Anízio Melo (PCdoB), Heitor Freire (PSL), Capitão Wagner (PROS), Heitor Freire (PSL), José Sarto (PDT), Célio Studart (PV) e Luizianne Lins (PT). Beto Almeida finaliza comentando a razão do alto número de candidaturas majoritárias

“Por que tantos candidatos majoritários? Umas das explicações é de que esta será a primeira eleição em que não será possível a coligação proporcional, ou seja, para disputar as vagas para as casas legislativas . Então os partidos entendem que ter uma candidatura majoritária, ter um candidato à prefeito em uma chapa completa, isso ajuda a atrair votos para os seus candidatos à vereador, o que não deixa de ser verdade, lembrando por exemplo, que eles apostam muito no voto de legenda”, diz Beto.