Em meio a discussão acerca do adiamento do pleito eleitoral deste ano, os partidos se preparam para administrar o caixa da campanha com financiamento público determinado pela União. Em 2020, os partidos registrados no Tribunal Superior Eleitoral terão pelo menos R$ 2 bilhões e 50 milhões para gastar na campanha, com os candidatos a vereador e a prefeito nas cidades.

Dentre os partidos que receberam maior parte da verba estão o PT com R$ 250 milhões, seguido do PSL com R$ 193 milhões e do PSD com R$ 157 milhões. Fecham o top 5, as siglas do MDB e PP, que poderão utilizar R$ 154 milhões e R$ 140 milhões, respectivamente. O assunto entrou na pauta do Bate-Papo político desta quarta-feira (10).

“Não há motivos para os partidos reclamarem sobre a falta de dinheiro para financiamento da campanha eleitoral de 2020”, afirma Luzenor de Oliveira ao comentar o fato de que todos os 33 partidos formalmente registrados terão direito a uma parcela, sendo que a menor será de R$ 1 milhão e 233 mil reais. A distribuição dos recursos ocorre conforme o número de deputados federais eleitos em 2018.

Na sequência, o jornalista Beto Almeida pontua o fato de que a mudança do pleito deste ano com relação as últimas eleições é que “agora os partidos tem a opção de dizer se querem ou não esse dinheiro, porque na eleição a passada a verba era distribuída para todos os partidos e eles eram obrigados a receber esse valor. Na eleição deste ano se o partido não concordar, ele não recebe”.

Por fim, o jornalista Luzenor pontua o grande crescimento do PSL em razão da candidatura presencial de Bolsonaro no ano 2018, que levou a sigla a eleger 52 parlamentares na Câmara Federal. Essa elevação que acarreta em uma grande verba eleitoral, no entanto, se contrasta com o fato de que o partido é o que possui o menor número de candidatos a prefeito nas capitais.

“Uma situação esdrúxula que mostra uma certa contradição política e pré-eleitoral onde há sobra de dinheiro para financiamento de uma campanha e o partido não dispõe de nomes pra disputar uma prefeitura no tamanho, por exemplo de Fortaleza”