A revisão dos benefícios do Bolsa Família tem potencial de garantir uma economia de R$ 10 bilhões, segundo previsão inicial do governo. Parte dessa redução dos gastos já pode beneficiar o Orçamento deste ano, apurou o Estadão com integrantes da área orçamentária do governo Lula. O governo está mapeando as pressões de gastos neste início do ano para a elaboração do relatório de avaliação de despesas e receitas do Orçamento. Uma dessas pressões é o aporte que será necessário para o Fundo de Garantias de Operações, do Pronampe — linha de financiamento para pequenas empresas criada na pandemia, mas que se tornou permanente —, e para o Desenrola, o programa de renegociação de dívidas que será lançado pelo governo ainda este mês e deve beneficiar quem ganha até dois salários mínimos (hoje, R$ 2.604).

O programa Bolsa Família segue com as regras do extinto Bolsa Família ainda neste mês de fevereiro, pagando a quantia de R$ 600 aos beneficiários a partir do dia 13, e seguem sendo pagas de maneira escalonada nos dias úteis, de acordo com o número final do NIS até o dia 28. No entanto, o programa passará por mudanças a partir de março. Nas regras definidas na PEC da Transição e que já foram aprovadas pelo Congresso Nacional, será mantido o valor de R$ 600, com R$ 150 extras para cada criança com até 6 anos, que serão aplicadas no terceiro mês do ano. Para ter acesso ao programa, ainda será necessário estar com o Cadastro Único atualizado, estando elegível para os benefícios sociais do sistema. Em dezembro de 2022, 21,6 milhões de famílias foram beneficiadas com o Auxílio Brasil. O cidadão pode conferir se está entra as pessoas aptas ao recebimento do benefício social através do app do Auxílio Brasil ou mesmo do Caixa Tem. Através destes dispositivos, o cidadão pode entender não apenas se vai receber o saldo do Bolsa Família em janeiro, mas também o valor que será depositado em sua conta.