As dificuldades para o Governo Federal atrair mais apoio à reforma previdenciária levaram o presidente Jair Bolsonaro a cair em campo, a partir desta terça-feira, 26, nas conversas com líderes de bancadas. 

Há preocupação nesse cenário de pré-carnaval com os recados oriundos da base aliada no Congresso Nacional: o Palácio do Planalto está sendo bombardeado com recados vindos de partidos de centro, centro-direita e do próprio presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ). 

Maia chegou a dizer que, com as mudanças no BPC (Benefício de Prestação Continuada) e nas aposentadorias rurais, o Governo teria dificuldades para garimpar votos. O discurso das lideranças do bloco aliado a Rodrigo Maia é de que não vão se desgastar sozinhos na “guerra da comunicação”. 

Muitos parlamentares vêem falta de diálogo do Governo e querem ser cortejados pelo Palácio. Bolsonaro terá que se posicionar sobre o que quer da base no Parlamento, mas não tem muito a oferecer além de cargos de segundo escalão para baixo. A oferta, dizem interlocutores das lideranças, garante alguma sustentação de apoio, mas pouco qualificada. O suficiente para aprovar uma reforma desfigurada, bem diferente do texto original encaminhado.