O presidente eleito Jair Bolsonaro se reunirá, já após a posse, no dia 1º, com o secretário de Estado norte-americano, Mike Pampeo, que chega a Brasília neste domingo, 31, e permanece na cidade até dia 2. Na pauta da reunião, a situação política na Venezuela, Nicarágua e Cuba.
“Os Estados Unidos trabalharão com o Brasil para apoiar os povos da Venezuela, Cuba e Nicarágua que lutam para viver em liberdade contra regimes repressivos. Nós acolhemos o compromisso do presidente eleito Bolsonaro de erguer-se contra tiranos”, diz o comunicado do governo norte-americano.
Na reunião entre Bolsonaro e Pompeo ainda estará presente o futuro ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Em nota, a Embaixada dos Estados Unidos informou que a intenção é promover a “prosperidade, segurança, educação e democracia”.
Reuniões
Pompeo também terá encontros bilaterais com o presidente do Peru, Martin Vizcarra, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. No dia 2, ele embarca para Cartagena onde se reúne com o presidente colombiano Ivan Duque.
Na Colômbia, o secretário norte-americano afirmou que pretende compartilhar com Duque os “esforços de combate às drogas, a implementação de acordos de paz, o comércio e a resposta à crise regional resultante das desastrosas políticas” desencadeadas pelo governo da Venezuela, Nicolás Maduro.
No comunicado da embaixada norte-americana, há uma síntese dos objetivos da viagem de Pompeo a Brasil e Colômbia. “Nós acolhemos essa oportunidade para forjar uma parceria próxima e abrangente com a democracia mais populosa da América do Sul e a oitava maior economia do mundo.”
Histórico
Os Estados Unidos tiveram um superávit no comércio de bens com o Brasil de US$ 7,8 bilhões em 2017. De acordo com os norte-americanos, o objetivo é aumentar o comércio e os investimentos com o Brasil, incluindo o aumento de oportunidades para negócios americanos em tecnologia, defesa e agricultura.
“As recentes eleições livres e justas no Brasil demonstram a estabilidade e a integridade das instituições democráticas do país”, diz o comunicado. “Como as duas maiores democracias no hemisfério, a nossa parceria está baseada em valores compartilhados e compromissos com a democracia e o Estado de direito, a segurança pública, a educação e os direitos humanos.”
Como já ocorre em parcerias no combate ao crime transnacional, Pompeo disse que a intenção é incrementar ainda mais as ações conjuntas: “nós procuramos aprofundar a nossa cooperação com o Brasil e a Colômbia contra o crime organizado transnacional, incluindo o combate às drogas, terrorismo e ameaças à paz e à segurança internacionais como a Coreia do Norte.”
As informações são da Agência Brasil