De acordo com dados do Ministério da Saúde, o SUS (Sistema Único de Saúde) registrou 1.311.475 atendimentos relacionados à hepatite C no Brasil em 2023. Sem vacina disponível, a doença é reconhecida como a mais severa entre os vírus, afetando um número cinco vezes maior de pessoas do que o HIV/Aids.

A hepatite é uma inflamação do fígado que pode ser causada por vírus, álcool, medicamentos, substâncias tóxicas, bem como por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. Os casos de hepatites virais são responsáveis pela morte de 1,3 milhão de pessoas por ano em todo o mundo, aproximadamente 3,5 mil por dia. Entre os tipos mais comuns da doença estão a hepatite A, B, C, D e E, sendo as hepatites B e C as mais preocupantes.

No caso da hepatite C, trata-se de um processo infeccioso e inflamatório que pode se manifestar de forma aguda e crônica. A Hepatite C é uma condição séria que muitas vezes passa despercebida por não apresentar sintomas evidentes. Essa doença é caracterizada por uma inflamação persistente no fígado, que ao longo do tempo pode levar a complicações graves, como cirrose hepática e carcinoma hepatocelular.

Segundo o Ministério da Saúde, aproximadamente 60% a 85% dos casos de hepatite C tornam-se crônicos, e em média, 20% evoluem para cirrose ao longo do tempo. Uma vez estabelecido o diagnóstico de cirrose hepática, o risco anual para o surgimento de carcinoma hepatocelular é de 1% a 5%. O risco anual de descompensação hepática é de 3% a 6%. Após um primeiro episódio de descompensação hepática, o risco de óbito nos 12 meses seguintes é de 15% a 20%.