A Câmara dos Deputados pode votar hoje (1º) o Projeto de Lei 6407/13, que estabelece um novo marco regulatório do setor de gás natural. O texto, entre outros pontos, muda o regime de exploração de gasodutos no Brasil, que passará de concessão para autorização. A proposta também quebra o monopólio dos estados na distribuição do gás natural.
A expectativa é que o PL seja submetido à deliberação após a sessão marcada para o final da manhã, destinada a discutir o Projeto de Lei 1.485/20, que duplica as penas de crimes contra a administração pública praticados por ocasião de calamidade pública.
A urgência para a votação do marco regulatório do gás foi aprovada pela Câmara no final de julho. De acordo com a proposta, as empresas com sede no Brasil poderão atuar nesse mercado por meio de autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Atualmente, a legislação coloca a necessidade de que as empresas se submetam a um leilão de concessão da ANP para atuar no setor.
Com o novo marco, as empresas poderão atuar, a partir de um processo de chamada pública, em serviços de transporte, importação, exportação, estocagem subterrânea, acondicionamento, escoamento, tratamento, liquefação, regaseificação e atividades de construção, ampliação de capacidade e operação de unidades de processamento ou tratamento de gás natural.
Também fica extinta a exclusividade dos estados na atividade de distribuição de gás natural, além de permitir a exploração desse serviço pelas concessionárias privadas de energia elétrica.
Pauta
Também consta da pauta da Câmara para hoje (1º), o Projeto de Lei 2529/20, que autoriza estados, municípios e o Distrito Federal a utilizarem os veículos de transporte escolar como transporte alternativo de profissionais da saúde e de pessoas que necessitarem de atendimento médico enquanto as aulas presenciais estiverem suspensas no período da pandemia da covid-19. As despesas serão custeados pelos entes federados.
Ainda consta da pauta, a votação de quatro medidas provisórias: a MP 961/20, que trata do pagamento antecipado em licitações durante o estado de calamidade pública da covid-19; a MP 962/20, que destina R$ 418,8 milhões para ações de combate à pandemia da covid-19; a MP 963/20, que libera R$ 5 bilhões para ajudar o setor de turismo na pandemia, e a MP 964/20, que desobriga órgão público de contratar tripulação de aeronave terceirizada.
Caso Flordelis
A Mesa Diretora da Câmara está reunida para decidir se encaminha à Corregedoria da Casa o pedido de representação contra a deputada Flordelis (PSD-RJ), do deputado Léo Motta (PSL-MG). A deputada foi acusada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, morto a tiros em junho de 2019, em Niterói.
Caso a Mesa Diretora decida encaminhar a representação à Corregedoria, a deputada será notificada e terá cinco dias úteis para apresentar defesa por escrito. Depois desse prazo, o corregedor terá 45 dias úteis para decidir se encaminha ou não a representação ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar para análise.
Como as atividades presenciais da Câmara estão suspensas desde março em razão da pandemia do novo coronavírus (covid-19), o corregedor deputado Paulo Bengtson (PTB-PA) apresentou um projeto de resolução para permitir a realização das reuniões do Conselho de Ética por meio de videoconferência.
(*)com informação da Agência Brasil