O pré-candidato do União Brasil ao governo do Estado, Capitão Wagner revelou que pretende agir de forma semelhante à postura adotada pelo ex-governador e senador Tasso Jereissati (PSDB), quando assumiu o Ceará após ter sido eleito em 1986, como o candidato das “mudanças”. Naquela eleição, Tasso, na época filiado ao PMDB, derrotou a candidatura de Adauto Bezerra, do PFL, derrotando a oligarquia dos ‘Coronéis’, composta pelos senadores César Cals, Virgílio Távora e o próprio Adauto. O trio era conhecido assim por serem Coronéis do Exército e detentores do poder no Estado durante o Regime Militar (1964/1985).
Confira a sonora do Capitão Wagner falando sobre Tasso Jereissati
Capitão quer repetir em sua eventual gestão como governador, o mesmo tipo de perfil adotado por Tasso para compor o seu secretariado.
“Eu não vejo dificuldade em ter um perfil mais técnico. Foi o que o Tasso fez em 1986. Ele colocou políticos e técnicos. O técnico fazia a coisa girar e os políticos para atender as demandas políticas. Não há problema em ter participação dos deputados desde que entreguem resultados. Não queremos fazer discursos apolíticos ou apartidários. Há necessidade de conversar com a Assembleia Legislativa e prefeitos”, revelou, ressaltando também, a importância de manter uma interlocução com o parlamento e os prefeitos dos 184 municípios.
Em relação ao cenário eleitoral, o pré-candidato ao Palácio Abolição relembrou novamente o cenário de 1986 e diz ter dados de pesquisas internas que mostram que os cearenses querem mudança, por vários motivos.
“O cansaço do grupo que está no poder, o inchaço gera insatisfações. Um aliado acha que foi menos beneficiado que o outro e isso gera uma série de atritos. A máquina inchou demais. Há necessidade de uma nova forma de fazer política no Ceará, priorizando os cearenses”, informou.
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(*) Com informações do repórter Tobias Saldanha