Na última sexta-feira (20), o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará (CBMCE) realizou um evento de lançamento da operação “Floresta Branca”. A cerimônia ocorreu na sede do Quartel Central no bairro Jacarecanga, em Fortaleza. O trabalho ofensivo tem o intuito de reduzir o impacto dos efeitos danosos provocados pelos incêndios florestais e outros desastres ambientais no Estado. A solenidade contou com a presença do secretário da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), Sandro Caron, além de gestores das instituições vinculadas, de autoridades e de outros convidados.

O comandante-geral do CBMCE, coronel Ronaldo Roque de Araújo, ressaltou a importância da operação que visa reduzir o impacto dos efeitos danosos provocados por incêndios ou outros desastres ambientais.

“Iremos atuar de forma integrada, com outros órgãos de segurança e meio ambiente, além de outros parceiros. Nosso intuito é realizarmos uma articulação institucional, através da implementação de ações coordenadas e previamente estabelecidas. É importante destacar ainda que a operação é importante para conscientizarmos a população e para que cada vez mais possamos dialogar para encontrarmos soluções mais rápidas e eficazes de enfrentamento a esses problemas. Pedimos também que a população trabalhe junto conosco, evitando queimadas ou colocando fogo em terrenos sem a devida orientação. Dessa forma, melhoraremos mais ainda as condições no nosso estado. Contamos com vocês”, destacou.

O secretário da SSPDS, Sandro Caron, falou sobre o trabalho integrado e garantiu o suporte às ações dos bombeiros. “Esse trabalho será realizado como um modelo de integração, sempre em parceria com os órgãos ambientais, Secretaria Estadual do Meio Ambiente, o próprio Corpo de Bombeiros e os outros órgãos que compõem a nossa segurança pública. O nosso objetivo é proteger a fauna e a flora do nosso Ceará. É importante lembrar que nada se faz sozinho. Só conseguiremos o verdadeiro resultado se atuarmos em conjunto”, finalizou.

O nome da operação possui um significado histórico e cultural, pois envolve o bioma Caatinga. O local, que requer uma atenção especial dos órgãos envolvidos na sua proteção, recebeu esse nome pelos primeiros habitantes da região: os índios. Eles chamavam assim porque na estação seca, a maioria das plantas perdem as folhas, prevalecendo na paisagem a aparência clara e esbranquiçada dos troncos das árvores. Daí o nome Caatinga (caa: mata e tinga: branca) que significa “mata ou floresta branca” no tupi.

Área de atuação

Conforme diretrizes políticas de atuação das instituições vinculadas da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social, o território cearense está repartido em Áreas Integradas de Segurança (AIS), objetivando uma ação conjunta entre seus órgãos integrantes, dinamizando a resposta às ocorrências e padronizando ações. Ao todo são 25 AISs, sendo dez na cidade de Fortaleza, seis na Região Metropolitana de Fortaleza e outras nove no interior do estado.

No CBMCE existem oito Batalhões de Bombeiro Militar (BBM), sendo o 1ºBBM, o Batalhão de Socorro de Urgência (BSU) e o Batalhão de Busca e Salvamento (BBS) em Fortaleza; o 2ºBBM na Região Metropolitana; e o 3º, 4º e 5ºBBM, além do Batalhão de Combate a Incêndio Florestal (BCIF) no interior. Todos com suas respectivas companhias, totalizando 34 unidades operacionais no CBMCE.

Prevenção e atuação operacional

A Operação Floresta Branca está dividida em três programas integrados e complementares. São eles:

Prevenção: tem como objetivo agir na redução de riscos de incêndios florestais, mediante adoção de campanhas informativas e ações de limitação ou redução das fontes propagadoras de fogo.

Monitoramento: promove o acompanhamento dos focos de incêndio e queimadas através do site BDQueimadas/INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), bem como as condições climáticas que favoreçam o aumento do risco de fogo, para fornecer subsídios aos órgãos diversos.

Combate: conjunto de atividades destinadas a planejar, integrar e executar ações de combate a incêndios florestais, formar bombeiros no Curso de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (CPCIF), treinar brigadas municipais e das Unidades de Conservação (Apronto Operacional).

Respostas Operacionais

Devido ao aumento significativo de ocorrências relacionadas a incêndios florestais e, considerando que o CBMCE tem outras atribuições operacionais que não devem deixar de ser atendidas, foi admitida a necessidade de deflagrar a divisão da resposta operacional aos incêndios em vegetação em duas respostas.

A primeira resposta será composta pela guarnição que está no serviço ordinário, com ferramentas, materiais e viaturas já disponibilizadas. O objetivo é efetuar o combate, realizar a evacuação de pessoas e animais e proteger patrimônios e vegetação. Já a segunda, será composta por militares que estão de folga do serviço ordinário, contando com no mínimo 13 combatentes, sendo que o comandante da operação deve possuir competência e conhecimento específico dos incêndios florestais adquiridos através do Curso de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais. A principal finalidade desta Guarnição de Combate aos Incêndios Florestais (GCIF), equipe extraordinária, é combater as chamas até o total controle e extinção dos focos.

(*)com informação do Governo do Estado do Ceará