A Fundação Oswaldo Cruz *Fioctuz) emitiu, nesta quinta-feira (13), a
Nota técnica do Observatório Covid-19 alertando sobre o aumento na ocupação de leitos de UTI destinados à doença para adultos. Nesta semana, um terço dos estados, entre eles o Ceará, e dez capitais encontram-se nas zonas de alerta intermediário e crítico.

Segundo a análise, o estado de Pernambuco (82%) está na zona de alerta crítico; e Pará (71%), Tocantins (61%), Piauí (66%), Ceará (68%), Bahia (63%), Espírito Santo (71%), Goiás (67%) e o Distrito Federal (74%) na zona de alerta intermediário.

Entre as capitais, Fortaleza (88%), Recife (80%), Belo Horizonte (84%) e Goiânia (94%) figuram na zona de alerta crítico; e Porto Velho (76%), Macapá (60%), Maceió (68%), Salvador (68%), Vitória (77%) e Brasília (74%) na zona e alerta intermediário.

A nota ressalta ainda que o grande volume de casos já está demandando de gestores atenção e o acionamento de planos de contingência.

Apesar do alerta sobre a ampla e rápida proliferação da variante Ômicron no Brasil e a maior ocupação de leitos, os pesquisadores destacam que “menções a um possível colapso no sistema de saúde, neste momento, são incomparáveis com o que foi vivenciado em 2021”. Segundo eles, o número de internações em UTI hoje ainda é “muito menor” do que o visto em 2 de agosto, por exemplo, quando “já no quadro de arrefecimento da pandemia, leitos começavam a ser retirados”.
“Sem minimizar preocupações com o novo momento da pandemia, consideramos fundamental ratificar a ideia de que temos um outro cenário com a vacinação e as próprias características das manifestações da Covid-19 pela Ômicron. Por outro lado, não podemos deixar de considerar o fato de a ocupação de leitos de UTI hoje também refletir o uso de serviços complexos requeridos por casos da variante Delta e casos de Influenza”, ressaltam os pesquisadores.

Eles destacam ainda que tão importante quanto estar atendo à necessidade de reabertura de leitos, é reorganizar a rede de serviços de saúde no sentido de dar conta dos desfalques de profissionais afastados por contrair a infecção, garantir a atuação eficiente da atenção primária em saúde no atendimento a pacientes empregando, por exemplo, teleatendimento, e prosseguir na vacinação da população.