O Ministério Público do Ceará (MPCE), Federal (MPF) e do Trabalho (MPT) se reuniram com representantes da Secrtetaria Estadual de Sapude com a Secretaria Municipal da Saúde de Fortaleza (SMS) para debater o controle de dados da pandemia e a ampliação da rede hospitalar.

O MP destacou a necessidade de que, na rede pública e privada, sejam monitorados os dados positivados de Covid-19 e de exames realizados de acordo com o tipo. Dessa forma, a Sesa se comprometeu a verificar e criar um sistema próprio, já que atualmente as informações constantes na plataforma do Integra SUS estão desatualizadas por conta do apagão de dados do Ministério da Saúde.

Além disso, a Secretaria irá filtrar dados específicos, em separado, de contaminação por Covid-19 e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAg) para dar mais transparência e melhorar a compreensão dos que acessam o sistema digital. Outra medida a ser adotada pela Sesa é normatizar o fornecimento de dados de casos suspeitos e confirmados de Covid-19, de forma que unidades de saúde das redes pública e privada, bem como farmácias e laboratórios particulares, preencham formulário próprio com essas informações. As Secretarias também irão definir o protocolo de tratamento e de acompanhamento dos dados de pacientes com síndromes gripais. A Sesa mencionou ainda a ampliação da testagem no interior e na Capital.

Na reunião, as gestões estadual e municipal também apresentaram quantitativos relacionados ao aumento de vagas para pacientes na rede hospitalar. O Estado informou a ampliação de 452 leitos e analisa a possibilidade de abertura de hospitais de campanha, em caso de crescimento de casos e da necessidade de mais leitos de enfermaria e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Já o Município expôs a possibilidade de ampliação para o total de 710 leitos, considerando os já existentes e a capacidade inicial de expansão para 380. Esses leitos estão distribuídos nas unidades hospitalares da rede municipal e englobam observação, enfermaria, suporte ventilatório e UTI.

O MP reforçou, ainda, a importância de ser feita uma previsão para criar leitos à medida que aumentarem os casos. Por fim, o Ministério Público pediu que seja recomendado preferencialmente o uso de máscaras N95, sendo obrigatório o uso delas nos estabelecimentos de saúde e nas farmácias.