A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS/CE) divulgou, nesta sexta-feira (7), o que é o melhor resultado de toda a séria histórica nas ocorrências de roubos a instituições financeiras. Se comparado o ano de 2021 com o ano de 2020, houve uma retração de 7,44%. As informações são baseadas em dados compilados pela Gerência de Estatística e Geoprocessamento (Geesp) da Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública (Supesp).

O ano de 2021 marca o quinto ano consecutivo de quedas nos registros de roubo a instituições financeiras no Ceará. Em 2016, o número chegou a marca de 62 ocorrências. Depois, foram registrados 56 e 41 casos, nos anos de 2017 e 2018, respectivamente. Em 2019, a queda foi a mais acentuada na série histórica, chegando a 14 ocorrências nos 12 meses (uma redução de 35,26%). Já em 2020, houve uma retração de 12,88%, com o registro de oito casos. E em 2021 foram contabilizadas sete ocorrências registradas em todo o Estado.

A redução nos números foi obtida graças às atuações das Forças de Segurança do Ceará, desempenhadas por meio do fortalecimento das investigações e do policiamento ostensivo por parte da Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE) e da Polícia Militar do Ceará (PMCE), respectivamente, bem como de outros profissionais vinculados à SSPDS.

Além disso, as ações integradas e os investimentos estratégicos da pasta cearense em inteligência e o reforço no policiamento de divisas contribuíram de forma significativa para a redução dos indicadores. É válido ressaltar, também, que o estabelecimento das estratégias é realizado com base em dados obtidos Supesp.

Investigações
As investigações de ações criminosas contra instituições bancárias são conduzidas pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) da PC-CE com foco na desarticulação e asfixia econômica de grupos criminosos que atuam em todo o Estado. As prisões dos chefes desses grupos nos últimos anos foram fundamentais para que a atuação diminuísse em território cearense.

“Eu reputo a esses índices satisfatórios que o Estado do Ceará vem desfrutando, ao longo dos últimos anos e cada vez mais ainda mais positivos, a um trabalho que vem sendo bem orquestrado pela SSPDS, que faz com que as forças policiais atuem de forma harmônica, trocando informações e realizando ações concatenadas voltadas ao mesmo objetivo”, destaca o titular da DRF, o delegado Rommel Kerth.

“Independentemente da positividade dos índices, nós, como Polícia de investigação, temos a obrigação de permanecer, perenemente, em busca daquelas pessoas e responsabilizá-las, mesmo que esses atos já tenham sido cometidos há alguns anos. Além da apuração imediata, utilizamos a apuração contínua para que os culpados possam ser responsabilizados”, acrescentou.

O titular da DRF destacou também o trabalho realizado pelo Batalhão Especializado de Policiamento do Interior (Bepi) da Polícia Militar do Ceará (PMCE) no combate ao crime contra as instituições financeiras: “A atuação do Bepi tem sido extremamente importante, também para o alcance desses índices, pois o Batalhão realiza cerco nas divisas dos estados com o Ceará, bem com tem atuação direta quando há um atentado ou um caso de roubo contra as instituições financeiras, estando elas nos municípios cearenses ou em carros-fortes que fazem o transporte de valores da Capital para os municípios”, frisou.

O policiamento direcionado aos corredores bancários é desempenhado pelo Comando de Policiamento de Rondas e Ações Intensivas e Ostensivas (CPRaio) e por equipes da Força Tática (FT) da PMCE, em ações que contam com o apoio do Sistema de Videomonitoramento da SSPDS e suas mais de 3.300 câmeras espalhadas pelo Ceará. Além disso, a PMCE atua no interior do Estado por meio do Batalhão Especializado de Policiamento do Interior (Bepi) no combate às práticas ilícitas, com equipes da 1ª Companhia do 4° Batalhão (Bepi/Cotar) e da Companhia de Operações de Divisas (COD).

(*) Com informações Governo do Estado do Ceará