O mapa mais recente do Monitor de Secas aponta que o Ceará apresentava, em setembro, 29,62% do seu território sem seca relativa. A área indicada está restrita ao centro-norte do estado. Em relação ao mês anterior, a variação foi leve.
No mês de agosto, o estado apresentava 33,19% da sua área sem nenhum nível de seca relativa, isto é, o aumento foi de apenas 3,57%. Porém, em relação ao mesmo período do ano passado, a situação do Ceará é melhor. Naquela ocasião, 100% do estado estava com algum nível de seca, segundo o Monitor.
Conforme o levantamento atual, o Ceará tem 64,43% com seca forte e 5,95% com seca fraca. Em 2018, 19,36% era de seca extrema. Assim como este ano, não havia classificação de seca excepcional, o mais intenso.
Reserva hídrica
Apesar do cenário melhor em relação a setembro do ano passado, o estado ainda tem situação crítica. Afinal, dos 155 açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), 81 estão com volume abaixo dos 30%. O Castanhão, por exemplo, que é o maior açude da América Latina para múltiplos usos, está apenas com 3,9% da sua capacidade total.
Sobre o Monitor
O Monitor de Secas promove o monitoramento regular e periódico da situação da seca, por meio do qual é possível acompanhar sua evolução, classificando-a segundo o grau de severidade dos impactos observados. Seu principal produto é o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma densa rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração.
O projeto é coordenado pela Agência Nacional de Águas (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), e desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos.