O Exército Brasileiro, comandado pelo general cearense Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, divulgou diretrizes visando o combate à Covid-19. A instituição estabeleceu a vacinação, uso de máscaras, distanciamento social e a proibição da difusão de informações falsas relacionadas à Pandemia.
O documento diz que “não deverá haver difusão de mensagens em redes sociais sem confirmação da fonte e da veracidade da informação” e que, “além disso, os militares deverão orientar os seus familiares e outras pessoas que compartilham do seu convívio para que tenham a mesma conduta”.
A Diretriz 001/2023 não é uma iniciativa do Exército em relação ao combate à pandemia, mas sim uma adequação à orientação do Ministério da Economia quanto ao retorno seguro ao trabalho presencial. Ela se baseia em regras determinadas pelo Ministério da Saúde.
Apesar da obrigatoriedade da vacinação, a portaria deixa em aberto a possibilidade de “casos omissos sobre cobertura vacinal”, a serem analisadas pelo DGP (Departamento Geral do Pessoal).
O documento não foi elaborado por meio de iniciativa individual do comandante, mas em resposta a uma necessidade de normatização.
As determinações que estão no documento vão de encontro ao que defende o Presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), que defende a vacinação não obrigatória, inclusive de crianças e que já se posicionou contrário ao passaporte sanitário, medida implementada em vários estados, inclusive no Ceará.
Paulo Sérgio, natural de Iguatu, município que fica no Centro-Sul do Ceará, era chefe do Departamento-Geral do Pessoal do Exército antes de ser nomeado comandante por Bolsonaro. Ele se destacou pelas medidas de combate à Covid-19, o que fez com que a taxa de mortalidade se mantivesse em 0,13 entre os militares, enquanto o país enfrentava uma taxa de mortalidade de 2,5%.