O primeiro atendimento de ontem ocorreu na cidade de Itapipoca (AIS 17), no interior Norte do Estado. O município está entre as 50 cidades abrangidas pela base da Ciopaer situada no município de Sobral (AIS 14). O recém-nascido prematuro, com 30 semanas de gestão e um dia de vida, estava entubado com insuficiência respiratória, no Hospital São Camilo, situado em seu no município de origem. O bebê foi transferido por uma aeronave com incubadora e outros equipamentos acoplados aos suportes mecânicos e eletrônicos do helicóptero. Ao chegar à base de Fortaleza, a criança foi conduzida por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) até o Hospital Waldemar de Alcântara, no bairro Messejana. Uma viagem, que feita por meios terrestres levaria aproximadamente duas horas, foi reduzida para 30 minutos, o que consiste em 75% de redução.
Já durante a noite, um helicóptero da base de Juazeiro do Norte (AIS 19) realizou a transferência de um bebê cearense da cidade de Cajazeiras, na Paraíba, que foi transferido para um hospital em Barbalha. A viagem foi realizada em 25 minutos. Redução de 79% em comparação ao tempo que levaria por terra, que seria de aproximadamente 2 horas e 15 minutos. Com três meses de vida, a criança encontrava-se internada no Hospital Universitário Júlio Bandeira, no município paraibano, com pneumonia e obstrução respiratória. Pouco tempo depois de ser acionada, a aeronave se dirigiu até o Estado vizinho e realizou o transporte até Juazeiro do Norte, onde uma ambulância do Samu conduziu a criança até o Hospital Regional de Barbalha.
Transportes aeromédicos
Desde agosto de 2014, quando iniciou a formação do grupamento aeromédico, já foram transportados 64 bebês que necessitavam de algum atendimento hospitalar. O sucesso das missões se dá graças ao convênio firmado entre as pastas estaduais da Segurança Pública e Defesa Social e da Saúde, além do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do Estado do Ceará (Samu/CE). No primeiro ano, foram transportados apenas três recém-nascidos. Já em 2015, esse número saltou para 22; em 2016, foram 31 bebês; e em 2017, foram realizados até abril, 17 deslocamentos aeromédicos.
Os atendimentos destacam-se por demandar equipamentos e profissionais especializados, a fim de atender às necessidades de um paciente com tamanha fragilidade e exigência fisiológica. Os recursos utilizados pela Ciopaer tornam o Ceará único no Brasil e destaque na América Latina no quesito de tecnologias investidas nas ações aeromédicas. Os helicópteros da Coordenadoria dispõem de aparelhos que apenas o exército dos Estados Unidos e o clube de automobilismo alemão Allgemeiner Deutscher Automobil-Club (Adac) possuem.
Fonte: SSPDS