O pré-candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, reafirmou, por meio de vídeo nas redes sociais, que não desistirá da candidatura e chegará ao 2º turno para ganhar a eleição. Segundo Ciro, sem a sua candidatura, a polarização aumentaria no momento em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estagnou e Jair Bolsonaro (PL) se sustenta nas pesquisas de intenção de votos para a Presidência.
A manifestação do presidenciável do PDT marca mais um embate contra os petistas que trabalham nos bastidores para esvaziá-lo na pré-campanha ao Palácio do Planalto. Há poucos dias, o ex-ministro José Dirceu declarou que o PDT desembarcaria no palanque do ex-presidente Lula. Lideranças do PT acreditam que, com menos de 10% das intenções de votos, Ciro terá dificuldades para sustentar a candidatura. O pedetista, porém, pensa diferente.
“Se não fosse assim, por que um presidente que não governa, que não consegue controlar a inflação, o desemprego, a corrupção, a fome e a miséria se mantém competitivo? Unicamente porque a sombra de Lula e do petismo obscurecem o cenário”, reagiu Ciro, ao reafirmar que não se retira da corrida à Presidência da República.
Simultânea a troca de farpas entre Ciro e aliados do ex-presidente Lula, o PT amplia negociações nos estados para atrair o PDT. É o caso do Rio de Janeiro, onde o PT abriu mão de uma candidatura ao Governo e negocia apoio ao deputado federal Marcelo Freixo (PSB). O mesmo acontece no Maranhão com o apoio petista à candidatura de Weverton Rocha (PDT) ao Governo. Como contrapartida, Rocha vota com Lula.
No Ceará, o PT trava uma briga com os pedetistas porque se opõe ao nome do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, e defende a candidatura da Governadora Izolda Cela (PDT) à reeleição. Os petistas consideram que Izolda não tem área de atrito e, além de consolidar ainda mais a aliança entre PT e PDT, ganharia o apoio do MDB.