Em entrevista ao Jornal Alerta Geral (transmitido pela Expresso FM 104,3 para Fortaleza, Região Metropolitana e mais 24 emissoras no Interior do Ceará) o presidente da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Estado do Ceará (Cogerh), João Lucio, falou sobre a atual situação hídrica no estado do Ceará. Segundo ele, há uma queda acentuada do volume hídrico dos reservatórios que abastecem cidades do interior e da Região Metropolitana de Fortaleza.

De acordo com o presidente da Cogerh, o estado do Ceará está enfrentando uma das piores secas dos últimos 100 anos. “Temos uma seca prolongada em algumas regiões do estado. A mais afetada atualmente é a região de Inhamus, no sertão de Crateús, que já está com oito anos de chuvas abaixo da média”, informou João Lucio.

Ele observa que após mostrar uma pequena melhora neste ano de 2017, mesmo com as chuvas, os açudes não atingiram o nível adequado. A Cogerh monitora cerca de 155 açudes em todo o estado do Ceará. “Hoje nos encontramos com o pior nível de reserva de água em um histórico de 25 anos que estamos monitorando. Atualmente estamos com 8,8% de reserva de água em todo o estado”, afirmou o presidente da Cogerh.

Com o agravamento da crise hídrica em todo o estado do Ceará estão sendo realizadas construções de novos poços para garantir o abastecimento dos municípios mais afetados com a seca.

Segundo João Lúcio, a Região Metropolitana de Fortaleza não precisa se preocupar, pois os reservatórios são suficientes para manter o abastecimento da região. “Temos um reserva hoje do sistema de Pacajus, Pacoti, Riachão e Gavião de 30%, e é através dessas reservas que estamos tendo condições para atender toda Região Metropolitana”.