Titular da Secretaria de Recursos Hídricos do Ceará, Francisco Teixeira revelou nesta quinta-feira (31), em entrevista aos jornalistas Luzenor de Oliveira e Beto Almeida, dentro do Bate-Papo político, que para os próximos dois anos será necessário que a União repasse o valor de R$ 500 milhões de reais a fim de que a obra do Cinturão das Águas, bem como outras importantes barragens no estado do Ceará sejam concluídas.
“A gente vai precisar que a União nos passe nesses dois próximos anos pelo menos ainda quase R$ 500 milhões que falta a União passar. Nós estamos trabalhando a Barragem Melancia, estamos buscando assegurar o orçamento, o dinheiro que a União nos passou pela Caixa Econômica já gastamos, estamos com 30% executado da Barragem Melancia. Concluímos a barragem amarelas em Beberibe, concluímos a adutora de Palmácia, vamos iniciar finalmente, que veio uma parte de recursos, 6%, a barragem de Jucá em Parambu e vamos buscar iniciar mais duas barragens na região litorânea.
Francisco Teixeira detalhou que os primeiros 80 quilômetros, dos 150 que formam todo o Cinturão das Águas, já estão concluídos, porém, apenas 53 quilômetros estão em fase final de testes e já com água dentro. De acordo com o secretário, a obra é dividida em cinco lotes, dos quais três estão concluídos e o quarto encontra-se quase na metade da sua execução.
O cinturão das águas foi dividido em cinco lotes, concluindo três leitos, estamos com praticamente quase 40% do quarto lote pronto, e o último lote que estava parado há quase cinco anos por falta de recursos, a gente retomou esse lote que já está passando dos 10% de execução. A obra hoje no todo, nos 150 quilômetros, a gente tem uns 80 quilômetros concluídos, apesar de estar usando apenas 53 quilômetros, e do resto, estamos com execução.
Chuvas em 2020
No Jornal Alerta Geral (Expresso FM 104.3 + Agora FM 107.5 + Redes Sociais), ao comentar sobre as chuvas em 2020, o secretário diz que as precipitações pluviométricas no ano vigente fizeram com que os reservatórios atingissem 35% da capacidade, volume que não era alcançado desde 2011. “Esperamos que 2021 tenha um comportamento similar, pra gente elevar ainda mais o nosso estoque de água”, disse Francisco.
O ano de 2020 foi um ano de chuvas mais regulares, no final da estação chuvosa atingimos 35% das reservas hídricas do estado, ou seja, pela primeira vez desde 2011 passamos dos 30% de reserva hídrica. É muito pouco ainda, pra quem gostaria de estar com mais de 70%, 80%, mas de qualquer forma foi um alívio se compararmos com os anos de 2012 até agora. Esperamos que 2021 tenha um comportamento similar, pra gente elevar ainda mais o nosso estoque de água
Castanhão
Perguntado sobre o volume do açude Castanhão, importante reservatório para abastecimento da Região Metropolitana de Fortaleza, Francisco Teixeira afirma que o volume ainda é tímido, mas revela um cenário bem melhor se comparado a mesma época no ano passado.
É um volume tímido ainda, porque o castanhão terminou a estação chuvosa com algo em torno de 15%. Hoje ele está com 11%, imagine que por essa época no ano passado, o castanhão estava com 2,5%, 3%, então ele de qualquer sorte está bem melhor do que no passado, embora ainda considerado numa situação crítica, porque abaixo de 30% a gente considera ainda critico.
Sobre quando exatamente as águas da transposição do rio São Francisco chegarão ao açude Castanhão, o secretário destaca que há um planejamento em conjunto com o Ministério do Desenvolvimento Regional para que esta operação se inicie nos meses de abril ou maio. Segundo ele, o órgão irá utilizar duas bombas para facilitar a chegada das águas no Castanhão.
A gente está fazendo um planejamento com o ministério pra ver se em abril ou maio a gente consegue fazer essa operação…Estão levando em direção a Mauriti, pra ir pra Paraíba pra testar o resto da transposição que está pronto há anos naquela região, desde 2015. Esse trecho o Ministério quer testar até abril, então tem essa questão da vazão pra gente e pra testar o canal. Então o Mistério pretende, para o ano, passar a trabalhar com duas bombas que aí teria água suficiente pra mandar pra vir para o Castanhão e pra testar o canal