Depois de provocar uma grave epidemia que resultou no nascimento de milhares de bebês com microcefalia, o vírus da zika apresentou um resultado positivo: a capacidade de destruir tumores cancerígenos. Um novo estudo realizado por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas constatou que o vírus é capaz de inibir a proliferação de células do câncer de próstata em pelo menos 50% dos casos.
No trabalho mais recente, os cientistas constataram que, mesmo depois de ser inativado, o vírus consegue inibir a replicação das células. Os experimentos foram feitos com um paciente infectado no Ceará, em 2015. Depois de cultivado em laboratório, o vírus foi aquecido a uma temperatura de 56º C durante uma hora para que o seu potencial de causar uma infecção fosse inibido.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, 60 mil novos casos de câncer de próstata são registrados todos os anos no País. Trata-se do segundo tipo mais incidente entre os homens atrás apenas do câncer de pele. O novembro azul é uma campanha internacional que visa a chamar a atenção para a prevenção e o diagnóstico precoce da doença.