A Confederação Sul-americana de Futebol (Conmebol) informou nesta sexta-feira, 29, que vai promover mudanças nor regulamento de suas competições, para coibir casos de racismo.
“A Conmebol promoverá mudanças nos regulamentos para aumentar e endurecer as penalidades em casos de racismo. Compromete-se também a elaborar e implementar novos programas e ações que visem banir definitivamente este problema do futebol sul-americano”, informou, em comunicado publicado em seu site oficial.
Após o torcedor do River Plate ter atirado uma banana e ter feitos gestos racistas em direção a torcedores do Fortaleza, em partida válida pela 2ª rodada do grupo ‘F’, outros casos voltaram a ser registrados na 3ª rodada. Terça, 26, na Arena Corinthians, um torcedor do Boca Juniors foi preso por fazer gestos racistas e solto após pagar fiança. Nesta quinta-feira, 28, foi a vez de torcedores da Universidad Católica-CHI praticarem atos de racismo contra torcedores do Flamengo, no Estádio San Carlos de Apoquindo, em Santiago, no Chile. Um torcedor chegou a imitar um macaco em direção à torcida Rubro-Negra. O Fla venceu por 3 a 2.
No caso do River, a Conmebol confirmou nesta sexta-feira, 30, a multa de US$ 30 mil, o equivalente a R$ 150 mil, por causa do ato racista praticado na partida onde a equipe ‘milionária’ venceu o Fortaleza, por 2 a 0.
CBF se posiciona
Os atos de racismo contra torcedores de equipes brasileiras levou o Presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, a se manifestou nesta sexta-feira, 29, a respeito dos sucessivos casos de racismo ocorridos em partidas da Libertadores nesta última semana.
“Esses casos de racismo recentes, têm trazido uma preocupação,indignação e tristeza muito grande. Temos tratados esse assunto diretamente com a Conmebol, que inclusive deve dar uma nota púbica ainda hoje falando sobre as situações ocorridas”, comentou Ednaldo.
A entidade realizará em junho, em data a ser confirmada pela CBF e pela FIFA, um grande evento internacional para debater medidas contra o racismo e todo tipo de violência no futebol, reunindo representantes de FIFA, CONMEBOL, Federações, Clubes, justiça desportiva, Ministério Público, autoridades de segurança e imprensa.
(*) com informações da Conmebol e CBF