Por 4 votos a 1, o Conselho de Ética da Câmara Municipal de Fortaleza decidiu arquivar o processo de cassação do vereador Ronivaldo Maia (PT). A decisão do colegiado foi tomada depois do relator, Luciano Girão (Progressistas) decidir por não dar prosseguimento ao caso. A justificativa do parlamentar foi aguardar o desenrolar do caso no foro competente, a justiça Estadual, onde Ronivaldo é réu por tentativa de feminicídio contra uma mulher que o petista tinha uma relação extraconjugal, em novembro do ano passado.
“O vereador não se valeu do seu mandato para qualquer prática e não se utilizou das suas prerrogativas e do desempenho do seu mandato para impossibilitar a apuração do caso, tendo em vista ainda que o Poder Judiciário não efetivou o julgamento”, atentou Luciano Girão.
O relatório do vereador progressista foi aprovado pela maioria dos presentes, com exceção do vereador Júlio Brizzi (PDT), que não estava presente na sessão (faltou) e da vereadora Cláudia Gomes (PSDB), única mulher do Conselho e que votou contra a posição de Luciano Girão de arquivar o caso.
A bancada do Psol na Câmara Municipal, autora da representação contra Ronivaldo Maia, revelou que vai recorrer contra a decisão. “Não responsabilizar uma figura pública que cometeu lesão corporal grave contra uma mulher é perpetuar a autorização de violentar corpos de mulheres”, diz a sigla, em nota assinada pelos vereadores Gabriel Aguiar e Adriana Gerônimo, representante do mandato ‘Nossa Cara’.
Confira como foi a votação:
Danilo Lopes (Avante), presidente – Sim
Júlio Brizzi (PDT) – Faltou
Prof. Enilson (PDT) – Sim
Claudia Gomes (PSDB) – Não
Didi Mangueira (PDT) – Sim
Luciano Girão (PP), relator – Sim