O papa Francisco, iniciando serviços da semana santa até a Páscoa, pediu neste domingo (25) para os jovens continuarem protestando e que não permitam que gerações mais velhas os silenciem ou anestesiem seus ideais.
Francisco falou um dia depois que centenas de milhares de jovens norte-americanos foram às ruas pedir o endurecimento de leis sobre o controle de armas de fogo. Os atos foram mobilizados pelos sobreviventes do massacre ocorrido em uma escola na Flórida. O papa não fez menção direta aos manifestantes dos EUA em seu discurso neste domingo.
O líder católico de 81 anos liderou uma procissão para comemorar o dia em que a bíblia afirma que Jesus foi para Jerusalém e foi chamado de salvador, apenas para ser crucificado cinco dias depois.
Fazendo paralelos bíblicos, Francisco pediu para os jovens na multidão que o acompanhava para não serem manipulados.
“A tentação de silenciar jovens sempre existiu”, disse Francisco. “Há muitas formas de silenciar jovens e torná-los invisíveis. Muitas maneiras de anestesiá-los, fazê-los ficarem quietos, sem pedirem nada, sem questionarem nada. Há muitas maneiras de sedá-los, de fazê-los não se envolverem, tornar seus sonhos rasos, chatos e mesquinhos”, disse o papa.
“Caros jovens, vocês têm que gritar”, disse o pontífice, pedindo para os jovens que o acompanhavam para serem como as pessoas que receberam Jesus com palmeiras em vez daquelas que pediram a crucificação dele alguns dias depois.
“Cabe a vocês não ficarem quietos. Mesmo se outros continuarem quietos, se nós velhos e líderes, alguns corruptos, ficarem quietos, se o mundo todo ficar quieto e perder sua alegria, eu pergunto a vocês: Vocês vão gritar?”
E os jovens que o acompanhavam responderam: “Sim!”
Apesar de o papa não ter feito menção aos protestos nos EUA ocorridos um dia antes, ele frequentemente tem condenado a produção de armas e os ataques.
Com informação do G1