Na véspera de uma paralisação dos trabalhadores de educação contra cortes no orçamento das universidades federais, parlamentares da base do governo e o Palácio do Planalto soltaram informações contraditórias sobre como o governo deve agir com relação ao tema.
Segundo reportagem do UOL, a ordem foi passada ao ministro da pasta, Abraham Weintraub, por telefone, nesta tarde. Líderes de quatro siglas reunidas com o presidente do Palácio do Planalto teriam presenciado o telefonema.
A decisão também havia sido confirmada pelo líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (PSL-GO).
“O presidente ligou para o ministro na nossa frente e pediu para rever. O ministro tentou contra-argumentar, mas não tem conversa”, afirmou Waldir.
O deputado afirmou que não haverá redução em outras pastas para compensar o dinheiro que não será mais retirado da Educação.
Pouco depois, no entanto, tanto os Ministérios da Educação e da Economia quanto a Casa Civil desmentiram, por meio de notas, o que os parlamentares diziam. “Não procede a informação de que haverá cancelamento do contingenciamento no MEC. O governo está controlando as contas públicas de maneira responsável”, afirmava o texto divulgado pelo MEC e pela Casa Civil.
Já a pasta chefiada por Paulo Guedes divulgou outro texto: “O Ministério da Economia esclarece que não houve nenhum pedido por parte da Presidência da República para que seja revisto contingenciamento de qualquer ministério”.