O Estado do Ceará teve um aumento no número de denúncias de violações a direitos da população de 0 a 17 anos no primeiro semestre. De janeiro a junho deste ano, cerca de 1.527 casos foram informados ao Disque 100 (Disque Direitos Humanos), do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). A média é de 8,4 denúncias por dia ou uma a cada três horas.
A lista é encabeçada por casos de negligência (38%), categoria que inclui situações relacionadas a alimentação, limpeza, assistência à saúde e abandono.
Os pais foram responsáveis por 85% das violações. A lista inclui outros familiares, principalmente tios e avós. Pessoas de fora do ambiente familiar também foram acusadas pelos denunciantes, como professores, diretores de escola, líderes religiosos e desconhecidos.
De janeiro a junho, foram registrados 2.961 tipos de violações. Segundo o Ministério, em uma única denúncia, podem ser informadas duas ou mais violações. Os casos de negligência são seguidos por violência psicológica, violência física e violência sexual.
Em 2019, o Ceará ocupa o 7º lugar do Brasil em número de denúncias sobre crianças e adolescentes. A média foi de oito casos informados por dia, ou um a cada três horas. O número é 8,7% maior que as 1.405 ocorrências contabilizadas nos seis primeiros meses do ano passado.