O presidente Michel Temer deve enviar até esta terça-feira à Câmara dos Deputados sua defesa contra a denúncia de corrupção passiva, apresentada pela Procuradoria-Geral da República. A defesa será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça, que tem até 10 sessões para analisá-la e emitir o parecer que será votado pelo plenário. Além da jurídica, Temer tem lançado mão de estratégias políticas para garantir a fidelidade dos parlamentares e assegurar a rejeição da denúncia que pode afastá-lo do poder.

Um levantamento do jornal Folha de S. Paulo com os 513 deputados federais mostra que apenas 45 disseram que, com certeza, votarão contra a denúncia. Temer precisa do voto de 172. Enquanto isso, 120 garantiram que irão defender a continuidade da investigação – número inferior aos 212 necessários para a oposição. Outros 112

disseram não saber como vão votar e 57 não quiseram responder, tornando-se alvo prioritário da atenção do Planalto.