Os dirigentes nacionais do DEM decidiram mesmo investir na pré-candidatura do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, ao Palácio do Planalto. Uma das iniciativas é a busca pela renovação da sigla que poderá se chamar Mude – a denominação foi rejeitada pelo próprio Rodrigo Maia, mas voltou a ser discutida como uma alternativa no processo de aproximação do partido com diferentes segmentos do eleitorado.
Outras ações estão em andamento, como a definição de uma agenda de pré-candidatura. Dentro dessa estratégia, Maia monta até equipe de trabalho e, no próximo sábado, embarca para os Estados Unidos para estrear como presidenciável no ambiente internacional, enquanto encorpa sua agenda de viagens internas com o objetivo de consolidar uma aliança de pelo menos quatro partidos para a largada.
O movimento do DEM avança em direção a outras siglas e tem conversas avançadas com PP e Solidariedade e namora PSD, PR e PRB, sonhando em atrair apoios em dois dos maiores partidos, PSDB e MDB. O deputado federal Danilo Forte, que se filiou ao DEM em dezembro do ano passado, é um dos integrantes do grupo que trabalha a pré-candidatura de Rodrigo Maia ao Palácio do Planalto.
Em sua viagem para Washington e Nova York, Maia terá encontros com o secretário-geral das Nações Unidas (ONU), o português Antônio Guterres, dará entrevista para o jornal The Washington Post e pretende incluir um jantar com jornalistas e diplomatas. Depois, Maia segue para um fórum econômico, em Cancún. Na volta a Brasília, ele poderá assumir a Presidência, caso Michel Temer mantenha a ida ao Fórum de Davos, na Suíça.
A primeira reação de Maia quando seu nome começou a ser considerado como “candidato de centro” foi refutar a ideia. Primeiro, avançou e depois recuou nas articulações para assumir a vaga de Temer caso as denúncias do então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, vingassem. Dizia e repetia que era cedo para almejar algo tão pretensioso e argumentava: “Sei do meu tamanho”. Porém, a pressão aumentou e ele agora assume que é pré-candidato.