Os ventos das mudanças sopram na direção do DEM após a sigla chegar ao comando da Câmara Federal com o deputado Rodrigo Maia (RJ). O sonha é bem maior: o DEM quer, em 2018, a Presidência da República, mas antes tenta atrair novos deputados federais e senadores e modernizar o programa da sigla que ainda carrega marcas do PFL (agremiação que sucedeu a Arena após o fim do ciclo militar).
As projeções de crescimento passam pelos Estados. No Ceará, por exemplo, o primeiro suplente de senador e ex-deputado federal Chiquinho Feitosa assumiu a Presidência da Executiva Regional e, sintonizado com a cúpula nacional do DEM, começou a trabalhar para garantir uma boa presença do partido na Câmara Federal a partir das eleições de 2018.
Um dos nomes para compor a bancada é o deputado federal Danilo Forte, que se prepara para sair do PSB. Danilo tem conversado, também, com Rodrigo Maia. O DEM quer eleger ainda o herdeiro político do vice-prefeito de Fortaleza e ex-deputado federal Moroni Torgan – Mosiah, e o advogado Caio Asfor. As mudanças para o DEM crescem, como estratégia prioritário, um resenho do programa e estatuto da sigla.
Com essas mudanças, os dirigentes nacionais que transformar o DEM em uma dos maiores partidos na Câmara Federal e no Senado. Uma das estratégias é se tornar maior do que um antigo aliado – o PSDB, para eleger governadores e o chegar ao Palácio do Planalto. Há 28 anos o DEM não consegue nem apresentar um candidato ao Planalto – duas gerações de eleitores nunca puderam votar num político do partido para presidente. O último foi Aureliano Chaves, em 1989.
O DEM já chegou a ser majoritário na Câmara Federal, mas, ao longo dos últimos 25 anos, emagreceu com a representação parlamentar e definhou. Em 1998, chegou a contar 105 deputados, mas, em 014, ficou com apenas 21 representantes na Câmara Federal. Com menos deputados e menos forças, o DEM passou por uma cisão liderada pelo ministro Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia) em 2011, que deu origem ao PSD, e chegou a arquitetar uma fusão fracassada com o PTB, em 2015.
Hoje, tem 30 deputados e nenhum governador. Seu único integrante de relevância no Executivo é o prefeito de Salvador, ACM Neto. “A prioridade é desenvolver um projeto presidencial. Se não der tempo, estamos abertos a conversas com todo mundo, desde que haja convergência de visões”, diz Neto. O presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, articula a migração de, pelo menos, 50 deputados. Entre os parlamentares, entre 11 e 14, sairão do PSB em direção ao DEM. Um dos deputados é o cearense Danilo Forte.