Do início do ano até o fim de outubro, a Defesa Civil de Fortaleza recebeu 1.983 denúncias de risco de desabamento na Capital, 239% a mais do que registrou no mesmo período ano passado. Os números, à vista grossa, refletem uma preocupação urgente da população com as condições estruturais das próprias moradas, haja vista a recente tragédia no Edifício Andréa, que desabou há pouco mais de um mês, deixando nove pessoas mortas e outras sete feridas.

Desde então, coordenados pelo Ministério Público do Ceará (MPCE), a Defesa Civil, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-CE) e outros órgãos vistoriam alguns dos prédios com maior risco de desabamento na Cidade e avaliam a necessidade ou não de interdição e reparos estruturais. Nos últimos dias, a força-tarefa interditou e evacuou preventivamente edifícios como o Mirele, no Dionísio Torres; o Modigliane, no Bairro de Fátima; o Ana Cristina Holanda, no Montese; e, mais recentemente, o Salinas, no Cocó.

A Defesa Civil informou que as famílias dos prédios evacuados se alojaram em casas de amigos e familiares e não precisaram recorrer ao programa municipal de locação social.