A taxa de desemprego do país ficou em 12,4% no trimestre móvel encerrado em fevereiro, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (29).

A taxa ficou acima daquela registrada no trimestre móvel anterior, encerrado em novembro de 2018, de 11,6%, mas abaixo da marca apurada em mesmo período de 2018, de 12,6%.

A população ocupada, estimada em 92,1 milhões de pessoas, caiu 1,1% ou menos um milhão em relação ao trimestre encerrado em novembro. Mas cresceu no mesmo ritmo na comparação com o trimestre encerrado em fevereiro do ano passado. Dos trabalhadores ocupados, 39,676 milhões estavam na informalidade. Isso representa 43% do total da força do trabalho no país.

Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, explica que a alta da taxa já era esperada porque janeiro e fevereiro são dois meses de dispensa dos trabalhadores temporários contratados no fim do ano anterior.

Essas dispensas, este ano, ocorreram igualmente no setor público e no privado. No caso do público, a maioria das demissões foi de professores que não eram concursados. No setor privado, houve muitos desligamentos na indústria (-198 mil pessoas empregadas) em relação ao trimestre encerrado em novembro.

— Tal como a carteira de trabalho assinada, a indústria é um indicativo da atividade e econômica. E houve dispensa significativa nesse setor, de trabalhadores homens e de baixa instrução — disse Cimar.