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Todos contra o Gilmar

Gilmar Mendes é alvo frequente de críticas e protagoniza na internet os mais variados memes – a última leva motivada pela decisão de mandar soltar o empresário Jacob Barata Filho, de cuja filha foi padrinho de casamento. A ofensiva contra o ministro tem crescido desde que ele inaugurou um perfil no Twitter, em maio. Sua última postagem – em que apenas reproduziu o link de uma reportagem relacionada à Lava Jato- tinha na sexta-feira (25) 108 comentários. Todos com ironias e ataques contra o magistrado, vários impublicáveis.

“Silvério dos Reis”

“Ministro meu cachorro foi pego pela carrocinha e tá preso num abrigo de cães de Belo Horizonte. Mande soltar ele por favor, o nome dele é Boris”, escreveu um. “Piscou, Gilmarzão solta”, disse outro. Fora do mundo virtual, há algumas semanas, seu gabinete no STF recebeu uma curiosa encomenda. Como remetente do pacote constava o nome de um dos mais famosos traidores da história do Brasil, o coronel português Joaquim Silvério dos Reis, que no final do século 18 participava da Inconfidência Mineira ao mesmo tempo em que acumulava pendências financeiras com a Coroa. Em troca do perdão das dívidas, Reis entregou ao visconde de Barbacena os planos dos conjurados, possibilitando às autoridades portuguesas desbaratar rapidamente a insurreição.

A última que morre

Sérgio Moro afirmou que tem esperanças de que os ministros do STF serão “sensíveis” ao atual quadro de corrupção do país e irão manter o precedente que garante que condenados sejam presos após decisão da segunda instância, independente de recurso ao próprio STF ou ao STJ). “Tenho um grande respeito pelo STF”, disse Moro durante evento da Casa Hunter, ONG que busca uma vida melhor para pacientes com doenças raras, realizado em São Paulo. “Louvo a decisão de 2016 do ministro Teori Zavascki, que foi um passo fundamental para uma mudança mais perceptível no nosso ordenamento jurídico”, afirmou.

Desaprovação

A onda de rejeição a políticos e autoridades públicas chegou com força ao Poder Judiciário e ao Ministério Público. Pesquisa Ipsos mostra que, entre julho e agosto, houve aumento significativo da desaprovação a ministros do STF. Até Sérgio Moro enfrenta desgaste: apesar de seu desempenho ainda ser majoritariamente aprovado pela população, sua taxa de rejeição está no nível mais alto em dois anos.

Desaprovação 2

A pesquisa avaliou a opinião dos brasileiros sobre 26 autoridades de distintas esferas de poder, além de uma celebridade televisiva, o apresentador de TV Luciano Huck. Quase todos estão no vermelho, ou seja, são mais desaprovados do que aprovados. As exceções são Huck, Moro e o ex-presidente do Supremo Joaquim Barbosa. Os dois últimos são responsáveis pelos julgamentos dos dois maiores escândalos de corrupção do País: Mensalão e Operação Lava Jato.

Lava Jato em alta

Para Danilo Cersosimo, um dos responsáveis pela pesquisa, o aumento do descontentamento com o Judiciário pode estar relacionado “à percepção de que a Lava Jato não trará os resultados esperados pelos brasileiros”. Outros levantamentos do Ipsos mostram que o apoio à operação continua alto, mas vem caindo a expectativa de que a força-tarefa responsável por apurar desvios e corrupção na Petrobras provoque efeitos concretos e mude o país. “Há uma percepção de que a sangria foi estancada, de que a Lava Jato foi enfraquecida”, disse Cersosimo.

Deterioração

Na lista de avaliados pelo Ipsos estão três dos onze atuais integrantes do Supremo: Cármen Lúcia, a presidente; Edson Fachin, relator da Lava Jato; e Gilmar Mendes, principal interlocutor de Michel Temer no Tribunal. Os três enfrentam deterioração da imagem. Além de Moro e Fachin, há na lista outros dois nomes relacionados à Lava Jato: o do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e o do procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da operação em Curitiba. Eles também sofrem desgastes.

Líder

No STF, a pior situação é a de Gilmar: no último mês, sua taxa de desaprovação subiu de 58% para 67%. Desde abril, o aumento foi ainda maior: 24 pontos porcentuais. O descontentamento com Gilmar cresceu ao mesmo tempo em que ele ficou mais conhecido: até maio, mais da metade da população (53%) não sabia dele o suficiente para opinar. Agora, esse índice caiu para 30%. Já a taxa de aprovação se manteve praticamente estável, oscilando em torno de 3%. A avaliação crítica é maior nas faixas mais escolarizadas: chega a 80% entre os brasileiros com curso superior, e é de 50% entre os sem instrução.

Nem Janot escapa

Nos últimos meses, Gilmar, que também preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), se notabilizou por constantes e duras críticas ao que classifica como abusos na atuação do Ministério Público Federal em grandes investigações no País, incluindo a Lava Jato. O ministro protagonizou embates com o procurador-geral da República e chegou a chamar Janot de “desqualificado”. Na pesquisa Ipsos, o chefe do Ministério Público Federal – que vai deixar em setembro – teve seu desempenho reprovado por 52% dos entrevistados. A avaliação favorável ficou em 22%.

Abandonando o barco

O advogado Rodrigo Rios abandonou a defesa de Eduardo Cunha nessa segunda-feira (28), um dia após a divulgação de uma nota feita por ele na cadeia em que acusa Edson Fachin de obstruir pedidos de liberdade e beneficiar os delatores da JBS. Rios mora em Curitiba e era o advogado que mais visitava Cunha na cadeia. Ele tem boa relação com Fachin, que também fez carreira jurídica no Paraná.

Amigos

A nota escrita por Cunha no complexo penal em que está preso, relata que Joesley Batista e Ricardo Saud, da JBS, pediram ajuda para aprovar o nome de Fachin para o STF, em 2015, e que disseram manter “relação de amizade” com o então candidato. Segundo Rios, sua saída foi por motivos práticos. “Entendo que a defesa deva se concentrar em Brasília por conta do eminente esgotamento das instâncias ordinárias da 4ª região”, disse.

Agora deu!

Em entrevista à rádio 95.1 FM, de Currais Novos, Lula disse o seguinte sobre a morte de dona Marisa: “Esses meninos da Operação Lava Jato têm responsabilidade na morte dela. Acho que tem. Você não pode dedicar uma vida inteira a cuidar dos filhos, a fazer política de solidariedade, e de repente ser taxada de corrupta da forma mais banal possível, da forma mais cretina possível. Não tem explicação. Esses meninos criaram uma mentira, fizeram power point da mentira, e agora não sabem como sair da história.” Dona Marisa Letícia era fumante e sedentária.

“Azelite”

Repetindo mais uma vez o discurso que tem marcado sua caravana pelo Nordeste, Lula voltou a atacar as “elites do país” em Currais Novos (RN), na noite de domingo (27). “A perseguição que eles estão fazendo não é contra o Lula, porque o Lula tem idade o suficiente e já apanhou demais. O que eles estão tentando é tirar do povo brasileiro as conquistas que nós tivemos”, disse.

Pouca gente

A uma plateia que ocupou um terço do espaço reservado para seu comício no Largo do Tungstênio, no centro da cidade, Lula elencou programas como Bolsa Família, Luz Para Todos e a criação de universidades federais como conquistas dos governos do PT. Acompanhando do prefeito petista da cidade, Odon Júnior, Lula também destacou o projeto de transposição do Rio São Francisco como conquista de seu governo para o Nordeste.

“Copo de água”

No evento, repetiu duas vezes que havia tomado mais cedo um “copo de água” em Campina Grande, na Paraíba, como resultado do projeto de transposição. Antes da visita de Lula a Campina Grande, o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), aliado do ex-presidente, anunciou a suspensão de um racionamento de água que atingia 700 mil pessoas em 19 cidades desde dezembro de 2014. Coutinho disse que a decisão não teve relação com a passagem de Lula por Campina Grande, que também sofria com o racionamento.

“Piso alto e teto baixo”

“Com 20% a 30% de preferências nas pesquisas sobre o voto para a Presidência em 2018, Lula começou a assustar os que temem sua volta ao poder. Não se pode, é certo, desprezar o carisma e a capacidade do ex-presidente de conquistar mentes menos informadas. Mesmo assim, Lula já não é tão competitivo. Para o cientista político Cláudio Couto, o petista voltou a ser o que era antes de 2002: “um candidato de piso alto e teto baixo”. O piso alto lhe dá um lugar no segundo turno; o teto baixo lhe retira chances de vitória. ” – avaliação do economista Maílson da Nóbrega, em artigo da Veja

Aos inimigos, nada

Depois da ameaça de rebelião em sua base no Congresso, o Palácio do Planalto começou a demitir mais de uma centena de aliados de deputados que votaram a favor da denúncia contra Michel Temer. O número de demissões deve chegar a cerca de 140, segundo articuladores políticos do governo. Estão sendo punidos parlamentares de todos os partidos em que houve “traições” ao presidente.

Aos amigos, tudo

Os cargos serão redistribuídos a congressistas que ajudaram a rejeitar a abertura de processo criminal contra Temer. Novas indicações para esses postos já foram feitas e estão em análise pela Casa Civil. Dezenas de exonerações ocorreram na última semana. Parte das demissões aconteceu em direções regionais de órgãos como Incra, Funasa e Agência Nacional de Mineração.