O ex-governador de São Paulo João Doria não resistiu às pressões e anunciou, nessa segunda-feira (23), a sua desistência da pré-candidatura à presidência da República. ‘’Me retiro da disputa com a alma leve”, disse Doria, que, sem apoio dentro do partido e sem conseguir avançar nas pesquisas de intenção de votos, reconheceu as limitações para se manter candidato ao Palácio do Planalto. O assunto ganhou destaque no Bate Papo Político com os jornalistas Luzenor de Oliveira e Beto Almeida no Jornal Alerta Geral desta terça-feira (24).

Sem conter a emoção, João Doria, ao lado do presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, evitou falar sobre o seu novo rumo político e afirmou que, após o seu gesto, espera que os tucanos adotem a melhor decisão com vistas às eleições de 2 de outubro. “O PSDB saberá tomar a melhor decisão”, observou o tucano.

O presidente da Executiva Regional do PSDB, ex-senador Luiz Pontes, definiu o gesto de João Doria como exemplo de maturidade política. ‘’É uma decisão que retrata o bom senso de quem, após refletir sobre as adversidades internas, optou por um gesto de grandeza e maturidade política’’, disse Luiz Pontes, para quem, com essa iniciativa, Doria abre o caminho para permitir ao PSDB construir um rumo melhor na corrida eleitoral.

Os tucanos se reúnem, nessa terça-feira, para avaliar quais caminhos serão adotados na corrida à Presidência da República. Uma ala do partido defende apoio à pré-candidatura da senadora Simone Tebet, com a construção da chamada terceira envolvendo, além do PSDB, o MDB e o Cidadania. Outro segmento do partido se opõe a essa tese e considera que, pela história e protagonismo que teve na política nacional, o PSDB não deve abrir mão de uma candidatura própria ao Palácio do Planalto. Dois nomes surgem nesse momento como opção de candidatura – Eduardo Leite, ex-governador de São Paulo, e Tasso Jereissati, que, em 2022, encerra o segundo mandato no Senado.