O Núcleo de Defesa da Saúde (Nudesa) da Defensoria Pública do Estado do Ceará (DPCE) expediu nesta sexta-feira (8/1) ofício no qual requer de forma imediata posicionamento da gestão do Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes sobre a marcação de procedimentos pela unidade.

O documento foi enviado após denúncias de que usuários têm encontrado dificuldade para, por exemplo, agendar consultas periódicas. Diante das dificuldades, pacientes têm se deslocado até a unidade, gerando aglomerações e filas de espera, mesmo em um cenário de pandemia do novo coronavírus (Covid-19), quando o distanciamento social é uma das principais medidas profiláticas recomendadas pelas autoridades sanitárias e de saúde.

De acordo com o ofício, relata-se que é disponibilizado um número de telefone (85 3101.4112), pelo qual, no entanto, não se consegue atendimento. “Os relatos são tantos que houve até veiculação nas mídias sobre a referida situação”, contextualiza o documento, assinado pelo defensor público Francisco Pereira Torres, titular do Nudesa. 

“Pessoas que fazem tratamento e acompanhamento estão tendo que se deslocar, muitos até de outros municípios, até a unidade hospitalar em busca de uma solução, diante da dificuldade em conseguir contato remotamente através do número fornecido, o que tem preocupado e afligido indelevelmente esses pacientes, que seguem angustiados em busca de agendamento de seus retornos, já que necessitam desse acompanhamento para manutenção e estabilização do quadro”, detalha o ofício.

“É de se estranhar que uma instituição de saúde, em um momento tão complicado e delicado, tenha uma dificuldade na marcação de consultas. As pessoas estão adoecendo e não só por conta da pandemia, mas de outras enfermidades. Há quem faça acompanhamento de traumas psicológicos e câncer, por exemplo”, comenta o defensor público. 

O ofício, ele explica, busca defender o direito fundamental do acesso à saúde, previsto na Constituição Federal. “Tenho certeza de que a direção do hospital vai olhar com cuidado para o ofício. Com certeza, este problema será resolvido, sendo fornecido um meio eficaz de comunicação do hospital com a população”, projeta.