A economia brasileira começou este ano em contração, mas num desempenho melhor que o esperado, em meio às expectativas de retomada do crescimento em 2018. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), encolheu 0,56% em janeiro na comparação com o mês anterior, de acordo com dado dessazonalizado divulgado nesta segunda-feira, 19.
A retração foi menor do que a expectativa em pesquisa da Reuters, de queda de 0,80%, na mediana das projeções de especialistas consultados. Em dezembro, o indicador registrou expansão de 1,16%, em número revisado pelo BC depois de divulgar antes uma alta maior, de 1,41%.
Os diferentes setores da economia tiveram resultados mistos no início do ano, destacando a irregularidade da economia após voltar a crescer em 2017 na sequência de dois anos de profunda recessão.
A produção industrial mostrou a mais forte retração em dois anos ao encolher 2,4% em janeiro, na comparação com dezembro. O volume de serviços recuou 1,9% na mesma base, no pior resultado para janeiro em seis anos. Por outro lado, as vendas varejistas voltaram a apresentar expansão, de 0,9%, em um ambiente favorecido pela inflação e juros baixos, que ajudam o consumo.
Na comparação com janeiro de 2017, o IBC-Br, que incorpora projeções para a produção nos setores de serviços, indústria e agropecuária, bem como o impacto dos impostos sobre os produtos, teve alta de 2,97%, enquanto que no acumulado em 12 meses apresentou expansão de 1,2%, segundo dados observados.
Para 2018, a pesquisa Focus realizada pelo BC mostra que a expectativa de especialistas é de expansão de 2,83% do PIB, acelerando a 3% em 2019.
Com informações da Reuters