A Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) decidiu não rebaixar nenhuma agremiação neste ano. O desfile foi marcado por acidentes que deixaram mais de 30 feridos durante a passagem da Paraíso do Tuiuti e da Unidos da Tijuca no sambódromo.

A decisão foi tomada em uma reunião na tarde de hoje (1º) que contou com representantes de todas as escolas. Como consequência da mudança, o Grupo Especial terá 13 escolas no carnaval de 2018, e duas serão rebaixadas, para que, em 2019, a elite do samba volte a ter 12 escolas.

Segundo o presidente da Portela, Luiz Carlos Magalhães, a decisão foi praticamente unânime e agora pede a discussão de como essa regra funcionará no futuro.

“Em função da dimensão da tragédia e do número de vítimas, os presidentes entenderam que deveriam dar um tratamento especial neste ano.”

A Mocidade Independente de Padre Miguel se posicionou contra a mudança. O vice-presidente da agremiação, Rodrigo Pacheco, defendeu que a regra não deveria ser modificada, e que as escolas que desfilam estão cientes dos critérios de julgamento.

“Infelizmente mudou o jogo e a gente vai ter que desfilar assim em 2018”, disse Pacheco, que ponderou que os recursos que as escolas recebem para preparar os desfiles terão que ser divididos para mais uma escola. Além disso, ele também considerou um problema que mais uma escola ocupe a Cidade do Samba.

O regulamento dos desfiles prevê que, todo ano, a escola com menor pontuação desça para a Série A, enquanto a campeã deste grupo suba para o Grupo Especial.

Há pouco, a Liesa confirmou, na Praça da Apoteose, que a decisão foi tomada em solidariedade aos episódios. O anúncio foi seguido de vaias pela plateia que aguarda a apuração do resultado da campeã deste ano.