Simplicidade, rapidez, objetividade e funcionalidade. Estas são as características do Sistema de Informações Gerenciais (Sige) Alimentação Escolar, plataforma online lançada nesta quinta-feira (9) para todas as escolas estaduais cearenses. O dispositivo permite aos gestores escolares providenciar a compra de gêneros alimentícios, contando com 135 opções de refeições, sendo que 70 são voltadas a pessoas com restrições alimentares. O sistema foi apresentado na Escola de Ensino Fundamental e Médio (EEFM) Santa Luzia, em Fortaleza, e contou com a participação do secretário da Educação, Idilvan Alencar.
A medida, além de otimizar o processo da compra de alimentos, auxilia na democratização do cardápio, de acordo com a preferência dos estudantes, conforme explica Idilvan. “Nós perguntamos aos alunos, por meio de enquetes, quais eram as opções que eles gostariam de ter em alimentação. Isso, combinado com o trabalho de nutricionistas, que observam e seguem os preceitos nutricionais, conseguimos montar um cardápio variado. Demos agilidade ao processo, respeitando o gosto dos alunos. Entendemos que a alimentação é muito importante para o processo do aprendizado”, esclarece.
A ação também fortalece o modelo de gestão escolarizada, já adotado pela Seduc, que favorece a autonomia escolar e a participação da comunidade. “Ao escolher um cardápio, aparecem todos os ingredientes para o preparo do alimento, junto com o preço de cada item. Isso muda um pouco a rotina da escola”, aponta Idilvan.
Planejamento
O gestor escolar também terá a tecnologia a seu favor para organizar uma grade de cardápios e planejar a compra dos alimentos durante o ano letivo. O sistema irá calcular a quantidade de cada ingrediente para execução do cardápio escolhido e finalizará com o valor do recurso da escola. Pelo sistema, pode-se montar três refeições salgadas e duas doces ao longo da semana, de forma intercalada.
A diretora da EEFM Santa Luzia, Gilvânia Esmeraldo, aprovou a ação. “A ferramenta que nós estamos recebendo irá nos proporcionar, primeiramente, ganho de tempo. Deixaremos de fazer o trabalho de forma manual. Além disso, teremos um planejamento mais elaborado e rápido no cardápio da merenda. Ganhando tempo nisso, poderemos nos dedicar mais às inúmeras demandas que a escola tem”, observa.
A presidente do Conselho de Alimentação Escolar do Estado do Ceará, Kelma Gomes, atenta para o melhor controle dos recursos que a plataforma proporciona ao diretor. “Com um sistema de gerenciamento, o processo fica mais fácil. Além disso, há o controle per capita, o que diminui os custos, por haver aquisição apenas da quantidade necessária de gêneros alimentícios. Evita-se o desperdício e facilita o controle de estoque, implicando na melhoria da qualidade”, frisa.
A estudante Talita Nascimento, que cursa a 3ª série do Ensino Médio na EEFM Santa Luzia, diz sentir-se contemplada com o novo modelo. “Achei bacana, pois respeita a preferência de cada um. Isso também auxilia no desempenho escolar. Quando temos uma boa alimentação, conseguimos prestar mais atenção às aulas”, argumenta a jovem.
Além da melhoria proporcionada pela inovação, quem prepara a alimentação no dia a dia da escola tem recebido formação e informações por parte da Seduc. A preparação visa capacitar esses profissionais, garantindo os conhecimentos relacionados à alimentação, nutrição e controle higiênico (sanitário).
Como forma de complementar os recursos repassados pelo Governo Federal e manter a melhoria da qualidade da alimentação escolar, a gestão estadual investiu, desde 2016, R$ 10 milhões na aquisição de gêneros alimentícios (arroz, feijão, macarrão, farinha de milho e açúcar), distribuídos para as escolas.
Com Seduc