O estoque da dívida pública federal (DPF) subiu 0,32% em abril, quando atingiu R$ 3,244 trilhões. Os dados foram divulgados pelo Tesouro Nacional. Em março, o estoque estava em R$ 3,234 trilhões. A variação se deveu à correção de juros no estoque da DPF de R$ 23,61 bilhões naquele mês. Além disso, houve resgate líquido de R$ 13,25 bilhões em abril. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) subiu 0,30% e fechou o mês passado em R$ 3,123 trilhões.
A parcela a vencer em 12 meses subiu de 16,16% em março para 16,45% em abril, segundo o Tesouro Nacional. O prazo médio da dívida subiu de 4,54 anos para 4,56 anos na mesma base de comparação. Já o custo médio acumulado em 12 meses da DPF passou de 11,72% ao ano em março para 11,57% ao ano no mês passado
No início do ano, o Tesouro anunciou as novas metas do Plano Anual de Financiamento (PAF), incorporando uma estratégia de emitir mais LFTs – título pós-fixado com rentabilidade atrelada à variação da taxa Selic – devido à disposição do órgão em assumir “um pouco mais de risco”, tendo como contrapartida a redução do custo. A mudança também incluiu as metas de longo prazo, com alta de 15% para 20% no porcentual de LFTs a ser perseguido para que seja alcançado o chamado “perfil ótimo”.
A mudança ocorre num momento de flexibilização da política monetária e busca da consolidação do ajuste fiscal. O aumento da parcela dos títulos atrelados à taxa flutuante também considerou a avaliação do Tesouro que a venda desses títulos, com prazos maiores de vencimento, é melhor do ponto de vista de custo e risco da dívida do que os prefixados de curto prazo.
Índice de Preços. Em abril, os títulos remunerados pela inflação subiram para 32,20% do estoque da DPF, ante 31,97% em março. Os papéis atrelados ao câmbio, por sua vez, aumentaram a participação na DPF de 3,85% em março para 3,86% no mês passado.
Todos os papeis estão de acordo com o intervalo traçado nas novas metas do PAF. O objetivo perseguido pelo Tesouro para os títulos prefixados em 2017 é manter a parcela de 32% a 36% da DPF, enquanto os papéis remunerados pela Selic devem ficar entre 29% e 33%. No caso dos que têm índices de preços como referência, a meta é de 29% a 33% e, no de câmbio, de 3% a 7%.
Com informações O Estado de São Paulo