A semana começa com expectativas de milhões de brasileiros, de milhares de cearenses, que aguardam desdobramento sobre o pedido para a justiça federal adiar a realização das provas do Enem, que marca para os dias 17 e 24 de janeiro de 2021, na versão impressa, e 31 de janeiro e 7 de fevereiro de 2021, na versão digital. Ao todo, mais de 5,7 milhões de inscrições foram confirmadas nesta edição, segundo o Inep.

O Ministério da Educação insiste na manutenção das datas e argumenta que todas as medidas sanitárias foram adotadas para proteger estudantes, técnicos e fiscais do contágio pela Covid-19. Antes da ação judicial movida pela Defensoria Pública da União, com pedido de adiamento das provas, A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, a Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Educação e a Associação Brasileira de Saúde Coletiva, além de outras 44 entidades científicas, publicaram uma carta aberta pedindo o adiamento do Enem.

No documento, que é endereçado ao ministro da Educação, as entidades científicas pedem adiamento do exame por causa da Covid-19, afirmando afirma que as medidas sanitárias anunciadas pelo Inep não são suficientes para conter pandemia Na avaliação do grupo, é quase “unânime a previsão de que dará um salto nas próximas duas semanas como resultado da grande exposição recente” e que os participantes do Enem são adolescentes e adultos jovens, “segmento que tem a maior probabilidade de ter participado das aglomerações recentes, resultantes das festas de fim de ano”.