O Estado do Ceará está a quatro dias de voltar a comandar o Senado Federal. A última vez que um cearense dirigiu o Senado foi no biênio 1991-1992. O cargo foi ocupado pelo peemedebista Mauro Benevides. A eleição para o biênio 2017-2018, a ser realizada na próxima quarta-feira, dia primeiro de fevereiro, tem o senador cearense Eunício Oliveira com a candidatura consolidada para suceder o atual presidente Renan Calheiros (PMDB-AL).
Eunício uniu o PMDB, atraiu o apoio das bancadas do PSDB e PT e soma votos de senadores de outras siglas menores. Tem, também, o aval do presidente Michel Temer (PMDB). O cenário de aparente tranqüilidade não o deixa parado e, nos últimos dias, Eunício Oliveira tem mantido um ritmo acelerado de reuniões e conversas por telefone para definir a composição da Mesa Diretora e, ao mesmo tempo, garantir ainda mais votos.
O PMDB, que tem 19 dos 81 senadores, indica, por possuir a maior bancada, o presidente do Senado. A segunda maior bancada é do PSDB, com 11 parlamentares, vindo, em seguida, o PT, com 10 senadores, o PSB com 7, PP com 7, e o DEM, PR e PSD, com quatro representantes, cada. O senador José Medeiros (PSD-MT) se lançou candidato, mas alguns colegas de Senado o aconselharam a declinar da disputa para apoiar a candidatura de Eunício Oliveira.
As três maiores bancadas – PMDB, PSDB e PT, somam 40 votos. Os cálculos apontam que nem todos os senadores do PT votarão em Eunicio, mas o parlamentar cearense tenta, nesses últimos quatro dias que antecedem à eleição, neutralizar rejeição e, com isso, unir a bancada do PT em torno do seu nome. As articulações feitas até o momento garantiram ao Partido dos Trabalhadores o cargo de primeiro secretário da Mesa Diretora. O nome cotado para essa posição e do senador cearense Jose Pimentel.