O presidente do Senado Eunício Oliveira reabriu a sessão do Senado para votação da reforma trabalhista, seis horas depois da suspensão da mesma. No início da tarde, nove senadoras impediram Eunício de sentar-se à mesa do plenário.

Após retomar a sessão ele disse estar profundamente chocado com o que viu. Afirmou que o ato das senadoras foi uma desmoralização da Casa.

Ele reclamou que havia um acordo com a oposição para a matéria ser votada nesta terça-feira, mas o entendimento foi quebrado. Ao abrir a votação, Eunício disse que será feito um “encaminhamento de líderes e parecer global contra emendas” ao texto.

— Eu fui além do Regimento permitindo a discussão da oposição por dois dias, quando o Regimento diz que apenas cinco líderes tem cada um cinco minutos para encaminhar a matéria, que podia ter sido discutida na terça-feira — disse.

O presidente do Senado lembrou ainda que a questão de ordem sobre o impacto orçamentário da proposta, indeferida por ele, também foi negada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele voltou a criticar a atitude das senadoras que protestam no Plenário.

— Nem a ditadura militar ousou ocupar a Mesa do Congresso Nacional. Isso não existe no regime democrático — declarou antes de reabrir a sessão plenária.