Em entrevista à edição desta terça-feira, 17, do Jornal Alerta Geral (Rádio FM 104.3 – Expresso Grande Fortaleza + 25 emissoras no Interior), o ex-secretário de saúde, Anastácio Queiroz, fala que a melhor maneira de prevenir a doença para a qual existe a vacina é através da vacinação. “Estamos enfrentando um surto de sarampo nos estados do norte, onde pessoas vieram da Venezuela com a doença”, afirmou o ex-secretário.

Anastácio Queiroz, destacou que o sarampo é uma doença transmissível que pode torna-se muito grave para pessoas com deficiências, crianças e principalmente as crianças que apresentam desnutrição. Durante a entrevista, o ex-secretário destacou que a poliomielite é uma das doenças mais graves e que só existe uma maneira de garantir que a doença não se espalhe: a vacinação.

Sarampo: causas e transmissão

Os sintomas iniciais apresentados pelo doente são: febre acompanhada de tosse persistente, irritação ocular, coriza e congestão nasal e mal estar intenso. Após estes sintomas, há o aparecimento de manchas avermelhadas no rosto, que progridem em direção aos pés, com duração mínima de três dias. São comuns lesões muito dolorosas na boca.

A transmissão ocorre diretamente, de pessoa a pessoa, geralmente por tosse, espirros, fala ou respiração, por isso a facilidade de contágio da doença. Além de secreções respiratórias ou da boca, também é possível se contaminar através da dispersão de gotículas com partículas virais no ar, que podem perdurar por tempo relativamente longo no ambiente, especialmente em locais fechados como escolas e clínicas.

Prevenção

A suscetibilidade ao vírus do sarampo é geral e a única forma de prevenção é a vacinação. Apenas os lactentes cujas mães já tiveram sarampo ou foram vacinadas possuem, temporariamente, anticorpos transmitidos pela placenta, que conferem imunidade geralmente ao longo do primeiro ano de vida (o que pode interferir na resposta à vacinação).

Os principais grupos de risco são as pessoas de seis meses a 39 anos de idade. Dentre os adultos, os trabalhadores de portos e aeroportos, hotelaria e profissionais do sexo apresentam maiores chances de contrair sarampo, devido à maior exposição a indivíduos de outros países que não adotam a mesma política intensiva de controle da doença. As crianças devem tomar duas doses da vacina combinada contra rubéola, sarampo e caxumba (tríplice viral): a primeira, com um ano de idade; a segunda dose, entre quatro e seis anos. Os adolescentes, adultos (homens e mulheres) e, principalmente, no contexto atual do risco de importação de casos, os pertencentes ao grupo de risco, também devem tomar a vacina tríplice viral ou dupla viral (contra sarampo e rubéola).

Rubéola: causas e transmissão

A rubéola é transmitida pelas vias respiratórias, por meio de tosse, espirro, talheres, beijos e qualquer contato com a saliva ou com o ar contaminado.

A pessoa contaminada pode transmitir a virose mesmo antes de saber que a possui, pois os sintomas levam até uma semana para aparecer.

No caso da rubéola congênita a transmissão é da mãe para o feto e, após nascer, a criança poderá transmitir o vírus até completar 1 ano de idade.

Como a rubéola afeta o organismo?

A rubéola é uma doença que se propaga facilmente, começando pela faringe e órgãos linfáticos e se espalhando pela corrente sanguínea, para só então surgir em forma de manchas vermelhas.

A incubação dura de 12 a 23 dias (aproximadamente) e o contágio costuma ser mais forte nos 7 dias anteriores e nos 7 dias posteriores ao surgimento das manchas.

O vírus invade o organismo por meio das vias aéreas e, em torno de uma semana, já contaminou todo o corpo. O rash cutâneo surge 3 ou 5 dias após o contágio, e dura cerca de 3 dias na pele. A doença deixa de ser contagiosa após uma semana do surgimento das manchas.

Fatores de risco

Não tomar a vacina contra a doença (principalmente no caso de gestantes ou mulheres que pretendem engravidar) e estar em contato com pessoas contaminadas ou com os pertences dela são fatores de risco, os quais aumentam as chances de contrair a doença.

Confira a entrevista completa com o ex-secretário de Saúde, Anastácio Queiroz:

ANÁSTACIO QUEIROZ – MEDICO INFECTOLOGISTA