Fala sério…
No dia 31 de julho é o Dia do Orgasmo. Sério! Não sei quem foi que inventou, mas existe a data que, como tantas outras, deve servir para ganhar dinheiro. A desgraça é que a invenção não é para celebrar a magia do orgasmo, mas a falta dele. Os organizadores da data, You Can Coaching e o Conexão Tantra, especialistas em relacionamentos e sexualidade, destacam que uma pesquisa do Projeto Sexualidade (ProSex) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, mostra que 62% das mulheres já fingiram o orgasmo e 22% dos homens também já simularam. O que falta para homens e mulheres atingirem o orgasmo é intimidade e comunicação, ensinam as empresas especializadas.
Moucos e espertos
Deu no Lauro Jardim, de O Globo: “acaba de sair o resultado do edital de propaganda da Secom, o principal do governo federal: NBS, Calia e Artplan foram as agências vencedoras. As três terão um orçamento de R$ 208 milhões. Há quase um ano aberta, a licitação estava em fase recursal e terá validade por cinco anos, com a possibilidade de a contratação ser renovada ou não a cada ano. Quem deve estar feliz com o resultado é o marqueteiro de Temer, Elsinho Mouco. Gustavo Mouco, seu irmão, é o dono da Calia”. Mouquinhos sabidos.
Pé de catiespera
O presidente do TRF- 4ª Região, Carlos Thompson Flores, disse que os processos da Lava Jato na corte, incluindo o do ex-presidente Lula, serão julgados antes da eleição de 2018. Os prazos no Tribunal têm importância crucial para a campanha do próximo ano, já que Lula pode ter a candidatura a presidente barrada se a sentença que o condenou no primeiro grau for confirmada em uma instância superior. “Entre o processo chegar aqui em agosto (deste ano) e até agosto do ano que vem acho que já deve estar sendo julgado”, disse.
Histórico
Thompson Flores explica que a estimativa é baseada no histórico de outros casos da Lava Jato na corte – um período de dez meses até o caso ficar pronto para julgamento. Questionado, ele disse que a proximidade da eleição pode sim influenciar no trâmite. “Para que o tribunal vai ter um desgaste, imagino eu, de deixar essa indefinição? Imagino que isso possa ser considerado pelo julgador. Mas, pela média dos prazos, eu acredito que isso vai ser observado.”
Histórico 2
O presidente do TRF não vai participar de um eventual julgamento de Lula. O caso ficará sob responsabilidade da oitava turma do tribunal, composta por três juízes. No julgamento de segunda instância, não são produzidas novamente provas nem são ouvidas as testemunhas. Os três juízes analisam as razões de apelação das partes e emitem um voto. Até agora, o TRF tem mantido a maioria das decisões de Moro na primeira instância. A principal divergência até aqui foi a absolvição do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, em junho.
Experiência
Para Thompson Flores, os três magistrados são “muito experientes”, mas nem mais nem menos rigorosos do que Moro. “Já aumentaram penas, mas também já reduziram penas.” Ao falar sobre a condenação de Lula, o presidente do TRF disse que “ninguém pode comemorar uma prisão de uma pessoa”. “Para a imagem do país isso não é nenhum motivo de alegria.”
Na dúvida…
Mesmo com a reviravolta que conseguiu impor na marra na CCJ, em um sinal de que não tem segurança de vitória, a base de apoio a Michel Temer desistiu na noite de ontem de votar a denúncia de corrupção passiva da PGR contra ele no plenário da Câmara ainda neste mês. Após reunião no Planalto, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou que a votação ocorrerá em 2 de agosto, após o recesso parlamentar – o que pode prolongar o desgaste provocado pela crise política sobre o presidente.
… deixa para lá
A bancada governista se dividiu durante o dia. Líderes pró-Temer insistiam na tentativa de votar a denúncia na segunda-feira (17), mas a avaliação era de que não seria possível atingir o quórum necessário para abrir a votação, de 342 deputados, na véspera do início do recesso. Além da disposição da oposição de esvaziar a sessão, o Planalto reconheceu que boa parte dos parlamentares da base aliada deve emendar a folga de fim de semana em seus estados e não deve aparecer para votar.
Não está fácil mesmo
Em meio à tramitação de denúncia que o pode afastar temporariamente do cargo, Temer fez um desabafo e disse que jamais pensou “que seria fácil”. Durante cerimônia de repasse de recursos para a saúde, o presidente afirmou que, ainda assim, fica animado com a possibilidade de recolocar o país “no rumo do qual nunca deveria ter saído”. “Eu confesso que jamais pensei que seria fácil a missão em que me foi confiada, mas o que me dá ânimo é o fato que estamos recolocando o Brasil no rumo do qual nunca deveria ter saído”, disse.
Mal comparado
Em uma alusão ao slogan do ex-presidente Juscelino Kubitschek, “50 anos em 5”, o presidente disse que fez até o momento, “8 anos em 14 meses” e ressaltou que ficará mais um ano e meio no posto. “Tudo isso é feito em 14 meses de governo. Isso seria um trabalho que demoraria 4 anos, 8 anos. Portanto, estamos fazendo 8 anos em 14 meses, sem dúvida nenhuma”, disse.
É a política, estúpido
Em seu relatório anual sobre a economia brasileira, o FMI afirmou que a recessão brasileira parece estar próxima do fim, mas que o avanço da incerteza política pode comprometer o cenário. A avaliação é de que há muitos sinais de estabilização da economia, porém que está mais incerta a capacidade de o governo concluir a reforma da Previdência, necessária para a sustentabilidade fiscal. O documento ainda reduz a projeção para o crescimento da economia em 2018 para 1,3%, ante estimativa de abril de 1,7%, e eleva a expectativa para 2017 de 0,2% para 0,3%.
Cenário sombrio
“Embora o fim da recessão pareça estar à vista, um recente aumento da incerteza política trouxe uma sombra ao cenário. A habilidade de o governo promover a reforma da Previdência – passo necessário para assegurar a estabilidade fiscal – ficou mais incerta e, com as eleições nacionais de 2018, a janela para a ação legislativa está se fechando”, afirmou o documento, divulgado nessa quinta-feira. O principal risco político é que a reforma da Previdência termine severamente diluída ou postergada para o próximo governo, provocando reações adversas ao mercado no curto prazo e exigindo medidas fiscais adicionais em um prazo mais longo.
Positivo
A inflação, no entanto, é um fator positivo e abre espaço para que a política monetária siga no sentido de baixar ainda mais a taxa Selic. Para o Fundo, a inflação deve ficar abaixo da meta neste e no próximo ano. Para 2017, a expectativa é que os preços medidos pelo IPCA fiquem em 4%. A inflação, diz o FMI, está em trajetória descendente, influenciada pela maior ociosidade na economia, pela queda das expectativas de inflação e por um choque favorável de alimentos.
Negativo
A recessão, por sua vez, tem sido o principal fator a puxar o déficit em conta corrente para baixo e a taxa de juros tem funcionado bem de forma a absorver choques. O FMI lembra que o déficit em conta corrente caiu para 1,3% do PIB em 2016, em relação a 3,3% do PIB em 2015. Além disso, o país continua a atrair recursos externos.
Saúde boa
Apesar da recessão, o relatório destaca ainda a saúde do setor bancário, com os lucros em elevação devido a altas margens de juros e menores custos. Para limitar a inadimplência, os bancos continuam renegociando empréstimos. O Fundo reforça a necessidade de a reforma atingir os servidores todos os níveis de governo tendo em vista tendências demográficas desfavoráveis e grandes desequilíbrios atuariais.
Atrativo
Durante evento no Palácio do Planalto nessa quinta-feira (13), em que anunciou mais R$ 1,7 bilhão para o atendimento da população, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, ressaltou os desafios para a fixação de médicos no SUS. Segundo ele, o problema só será enfrentado com uma remuneração adequada aos profissionais. “Os munícipios que fazem concursos terão que dar uma remuneração adequada para evitar o abandono dos cargos. Nós abrimos 150 novos cursos de Medicina no Brasil recentemente. Em pouco tempo teremos oferta de
profissionais que só se apresentarão para trabalhar no município se o salário for compatível”, afirmou. Atualmente, a legislação obriga que o teto do servidor municipal seja o salário do Prefeito, o que pode ser um impeditivo para contratação.